
Uma solicitação da Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, coloca em foco a relação entre documentos privados e a residência oficial: a PF pediu autorização para interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre itens encontrados em dois cofres no Palácio da Alvorada. Os cofres, abertos em 25 de junho, continham documentos pessoais e outros bens ligados ao ex-presidente. A PF informou que a Presidência acionou a corporação para esclarecer a propriedade e a origem desses itens, e que Bolsonaro pode ser ouvido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses pela condenação na ação penal conhecida como trama golpista. A oitiva depende de autorização do STF, segundo a PF.
O que motiva o pedido e o que foi encontrado
A PF afirma que a oitiva visa esclarecer se os bens encontrados pertencem ao ex-presidente ou a terceiros, além de entender como chegaram aos cofres. Entre itens, estavam documentos de caráter pessoal e objetos de seu patrimônio. Embora o Palácio da Alvorada seja a residência oficial, a apuração busca evitar eventuais inconsistências na gestão de bens vinculados a autoridades.
Próximos passos e impactos institucionais
Com o aval do ministro Moraes, a oitiva pode ocorrer na sede da PF em Brasília; sem a autorização, o depoimento não avança. O caso reforça o escrutínio sobre armazenamento e transferência de documentos de ex-chefes de governo e como isso dialoga com investigações ainda em curso no STF e na Justiça Federal.
Contexto institucional e desdobramentos
O episódio ocorre em um momento de atenção às prerrogativas de autoridades e à guarda de patrimônio público e privado em imóveis da Presidência. A decisão sobre a oitiva pode influenciar o ritmo de apurações envolvendo ex-presidentes e a forma como documentos de interesse público ou privado são tratados durante e após o mandato. Com informações da Agência Brasil.





