Gigante chinesa BYD vai produzir baterias para ônibus elétricos em Manaus

foto: Robertos Carlos

A gigante chinesa BYD foi um dos destaques da 307ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), nesta quinta-feira (25). A empresa recebeu sinal verde para produzir na capital amazonense baterias para uso em ônibus elétricos. O investimento é resultado da articulação do governador Wilson Lima durante agenda na China, em janeiro, para ampliar investimentos asiáticos no Polo Industrial de Manaus (PIM). O Codam aprovou 38 projetos com investimentos estimados em R$ 1,28 bilhão, com previsão de gerar 1.069 empregos. Outros 394 postos de trabalho serão realocados nas próprias fábricas.

O projeto da BYD é um dos 13 projetos de diversificação que foram aprovados nesta quinta. A empresa vai investir R$ 154 milhões para iniciar uma nova linha de produção de baterias de fosfato lítio, aproveitando 61 postos de trabalho já existentes na própria fábrica.

A solenidade ocorreu no auditório Arivaldo Silveira Fontes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), localizado no Distrito Industrial, zona sul de Manaus, e foi presidida pelo titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa.

“Na reunião de hoje do Codam, foram aprovados 38 novos projetos, com investimento de mais de 1 bilhão e 200 milhões e mais de mil empregos. São números muito positivos. Quero destacar, dentre esses 38 projetos, um que revolucionará o transporte coletivo no Brasil, que é o projeto da BYD para a produção de baterias elétricas para ônibus, com a capacidade de produzir 1,5 mil baterias a cada mês. Isso mudará o perfil do transporte coletivo no Brasil em 70 meses, tornando-o mais barato, com custos menores e com uma diminuição da tarifa para todo o povo brasileiro. Portanto, este é um momento muito importante nesta reunião do Codam”, destacou Corrêa.

Também foram aprovados 21 projetos de novas empresas interessadas em se instalar no PIM, como a BioAmazonas, para a produção de medicamentos sólidos de uso humano em comprimidos, com um investimento previsto de R$ 358,6 milhões e a criação de 54 novos postos de trabalho, e a empresa KTM do Brasil, com investimento de R$ 97 milhões, prevendo a criação de 106 novos postos de trabalho para a produção de motocicletas. Além disso, foram aprovados quatro projetos de atualização de plantas industriais de empresas já instaladas no PIM.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, parabenizou a regularidade das reuniões do Codam promovidas pelo Governo do Amazonas e comemorou os projetos aprovados.

“Para nós são novos investimentos, geração de novos empregos, enfim, tudo para nós é muito positivo. Então, vamos sempre fazer com que isso aconteça, apesar de todas as dificuldades, mas nós [Zona Franca], continuamos sendo um modelo e um projeto de reconhecimento, por parte principalmente dos investidores”, destacou Azevedo.

Em parceria com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o evento promoveu uma exposição que reuniu diversos atores da bioeconomia na Amazônia, com o objetivo de criar conexões e fomentar novos financiamentos para projetos focados no tema. Mais de 15 startups que fazem parte do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) e que fortalecem a sociobiodiversidade amazônica estiveram presentes, como o Chocolate Warabu, Simbioze Amazônica, SmartFood, Café Apuí, entre outros.

Uma das expositoras e representante do Idesam, Louise Lauschner, afirmou que está sendo muito importante apresentar um pouco da Inatú Amazônia, marca coletiva das comunidades amazônicas que contempla mais de mil extrativistas.

Com informações da assessoria