O advogado Tadeu Frederico de Andrade, paciente da operadora Prevent Senior, disse em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta quinta-feira (7), que, quando esteve internado com Covid, foi medicado com flutamida sem a sua autorização ou a de sua família. O senador Otto Alencar (PSD-BA) pontuou que a medicação é usada em pacientes com câncer de próstata. “Experimental”, emendou o paciente.
A Prevent Senior passou a ser um dos focos de apuração da CPI depois que médicos da operadora fizeram uma série de denúncias, entre elas a de que eram obrigados a receitar o “kit Covid”, composto de medicamentos ineficazes contra a doença, a todo paciente com suspeita ou confirmação da infecção pelo coronavírus.
A operadora fez um estudo de cloroquina em pacientes entre os dias 26 de março e 4 de abril e, segundo denúncias, as pessoas atendidas não eram informadas sobre o uso dos medicamentos.
Conversas de WhatsApp encaminhadas à CPI reforçam as denúncias. Em uma delas, enviada por uma médica à CPI e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do dia 25 de março de 2020, um diretor diz que vão começar o protocolo de hidroxicloroquina e azitromicina para pacientes ambulatoriais que preencherem os critérios. “Por favor, não informar o paciente ou familiar sobre a medicação nem sobre o programa”, diz ele no fim da mensagem. Com informações do R7.