José Maria Nunes Corrêa, mais conhecido como Zezinho Corrêa, nasceu em Carauari (788 km distante de Manaus), município do Amazonas. O artista iniciou sua carreia de cantor após fazer curso de ator na Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (FEFIERJ). Ele trabalhou em vários musicais até formar sua banda.
A Banda Carrapicho
Em 1980, a Banda Carrapicho foi criada por Zezinho em Manaus. Inicialmente, o estilo era forró, bem conhecido em toda a região Norte do Brasil. Mas, no final da década, o boi-bumbá prevaleceu, sem deixar o forró de lado.
Com a repercussão que a banda tomou, Zezinho encerrou sua carreira como ator e focou apenas na música. O Carrapicho alcançou sucesso mundial quando foi descoberto e a música que lançou o banda internacionalmente foi Tic-Tic-Tac.
Em 1996, O Carrapicho parte em turnê pela Europa. Ganhou discos de Platina Duplo e Ouro na França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Polônia, Israel, Líbano, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil vendendo mais de 15 milhões de CDs.
Zezinho Corrêa após a banda
Aos 69 anos, Zezinho continuo sendo referência de música e artista não só no Amazonas. Ele continuou chamando atenção onde quer que fosse. Sempre muito bem divertido e humorado, o artista não abandonou os holofotes e não deixou de participar de entrevistas e causas sociais na cidade.
O cantor, que sempre foi vaidoso, levava uma vida confortável, praticava atividade física regulamente e morava em um condomínio de alto padrão em Manaus. Ele enchia suas redes sociais com registros de seus momentos de lazer e autocuidado.
Zezinho também investiu em carreira solo, produzindo projetos musicais. Entre os destaques estão a sua participação no musical “Boi de Pano”, durante o Festival Amazonas de Ópera de 2000; a gravação do seu CD solo no ano de 2001, no Teatro Amazonas e a participação no musical de Natal “Ceci e a Estrela”, em 2017.
Em 2020, Zezinho estrelou campanha do Governo do Estado em homenagem aos profissionais de saúde, que atuaram na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19, interpretando a música “Um Novo Tempo”, de Ivan Lins, no palco do Teatro Amazonas.
No dia 21 de dezembro de 2020, o cantor subiu ao palco do Teatro Manauara com o show “Banho de Frevo – Zezinho Corrêa canta Elba Ramalho”; e no dia 28 de dezembro, o cantor participou do lançamento online do livro “Eu Quero é Tic, Tic, Tac”, escrito pelo jornalista e produtor cultural Fabrício Nunes em homenagem à carreira de Zezinho. O lançamento foi transmitido do Centro Cultural Palácio Rio Negro.
Morte
Zezinho morreu na manhã deste sábado (6), em decorrência da Covid-19.
O artista estava internado em um hospital particular de Manaus desde o dia 5 de janeiro. Ele recebeu medicação, fisioterapia, mas com o agravamento do caso foi transferido para um leito de UTI.
No dia 24, Zezinho teve piora no quadro. No dia 31, já estava evoluindo bem, saiu da ventilação mecânica e voltou a respirar novamente e assim permaneceu desde então, mas acabou não resistindo e foi a óbito.
Por Portal Manaus Alerta
