Oxigênio: por que o consumo explodiu no Amazonas e onde encontrar

No dia 14 de janeiro o Amazonas viveu o pior dia da pandemia de covid-19 com pessoas morrendo asfixiada por falta de oxigênio hospitalar. O aumento avassalador no consumo de oxigênio levantou dúvidas sobre o mesmo não ter ocorrido no primeiro pico da pandemia, registrado em abril e maio de 2020, quando nem se falava no produto. O Manaus Alerta buscou respostas com as autoridades e também indica alguns locais que podem oferecer o insumo.


Leia também: Covid-19: Confira os lugares que realizam o fornecimento de oxigênio em Manaus (manausalerta.com.br)


Em coletiva no dia 13 de janeiro, auge da crise, o governador Wilson Lima informou normalmente o consumo diário de oxigênio nas unidades do Estado era de 5 mil metros cúbicos, enquanto a produção diária era de aproximadamente 28 mil metros cúbicos por dia. Já no último dia 22 de janeiro a White Martins ampliou a oferta pra 80 mil metros cúbicos por dia para atender a grande demanda.


No primeiro pico da pandemia, de acordo com o ministro da Educação, Eduardo Pazuello, na mesma coletiva do dia 133 de janeiro, o consumo diário no Amazonas se aproximo de 15 mil a 17 mil metros cúbicos. Mas já nessa segunda onda, o consumo podia chegar a 70 mil metros cúbicos por dia, com  uma capacidade de apenas 28 mil metros cúbicos de oxigênio por dia, ou seja, menos da metade.

Causa

Procurada pelo Manaus Alerta, a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou que a principal causa para o aumento no consumo de oxigênio no Estado do Amazonas está relacionada ao número maior de infectados pela Covid-19, que resulta em mais pessoas precisando de internação hospitalar.

“Comparando os dois momentos da pandemia no Estado, por meio dos dados divulgados nos boletins diários da FVS-AM, percebe-se que o número de hospitalização no mês de janeiro de 2021 é bem maior que em abril e maio de 2020. Assim, quanto maior o número de pessoas hospitalizadas, maior o consumo de oxigênio nas unidades”, informou a pasta, por meio de nota.

Além da capital, o rastro de escassez de oxigênio também começou a se alastrar pelo interior do Amazonas nesta segunda quinzena de janeiro, registrando inclusive mortes em Coari por exemplo. Outras cidades como Presidente Figueiredo, e Tabatinga também registraram falta do produto. Após uma força tarefa dos governos Estadual e Federal, a crise foi amenizada.

Onde encontrar

Caso falte oxigênio em uma das unidades, o cidadão pode estar reabastecendo na Carboxi Gases, que fica localizada na rua Desembargador Cesar do Rego, 897, no bairro Colônia Antonio Aleixo, em Manaus. O número para contato é 3618-9394. A empresa informa que está funcionando apenas para reabastecimento com os seguintes preços: R$ 600,00 para cilindros grandes; R$ 400,00 para cilindros menores. Deve-se apresentar documento que comprove a situação do doente, e vende apenas 1 (uma) unidade por pessoa. Os pagamentos são feitos por espécie ou PIX.

Outro local que pode ser útil, é para venda dos cilindros vazios, ou seja, as embalagens apenas, para que possa ser abastecido. O local onde pode ser encontrado é na Kit Para Cilindro, localizada na avenida Djalma Batista. Mais um informações podem ser consultadas pelo contato WhatsApp (92) 98412-7278.

Outra empresa que ajuda com embalagens de cilindros para oxigênio é a Respira Amazonas. Estão atendendo de forma gratuita, porém, é necessário cadastro via formulário. O formulário deve ser preenchido no seguinte link. A empresa analisará a requisição e entregará o oxigênio, se possível. A empresa fica localizada na avenida Djalma Batista, mas a entrega é feita de forma gratuita, não precisa ir ao local.

Outros locais podem ser encontrados neste endereço da internet do Oxigênio Manaus. Abaixo também segue uma página Corrente do Bem que pode auxiliar com mais informações.

Por Joandres Souza – Manaus Alerta 

 

 

Clique aqui para acessar o link