Em virtude da escalada sem precedentes da pandemia de COVID-19 no estado do Amazonas e da situação de calamidade pública em Manaus, a White Martins tem mobilizado todos os esforços para suprir a demanda exponencial de oxigênio, que já aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos por dia.
Esse consumo equivale a quase o triplo da capacidade nominal de produção da unidade local da White Martins em Manaus (25 mil m3/dia) e segue crescendo fora de controle e qualquer previsibilidade.
Para se ter uma ideia, durante a primeira onda da pandemia, entre abril e maio de 2020, o consumo alcançou um pico de volume de 30 mil metros cúbicos por dia. Anteriormente à pandemia, esta planta operava com 50% de sua capacidade e isso era suficiente para atender todos os clientes dos segmentos medicinal e industrial que somavam um consumo na ordem de 10 a 15 mil m3 por dia.
Produção da planta
No cenário atual de crise sem precedentes, a White Martins conseguiu recentemente ampliar até o limite máximo a capacidade de produção da planta de Manaus – de 25 para 28 mil metros cúbicos por dia – e direcionou toda a produção de oxigênio da unidade para o segmento medicinal. A unidade da White Martins em Manaus já havia passado ao longo de 2020 por processos de ampliação que permitiram à empresa aumentar significativamente sua capacidade de produção local.
Uma das iniciativas com esse objetivo foi a instalação de um compressor de ar adicional na operação com capacidade nominal de produção de 700 m3 por hora e que permitiu obter um incremento no volume de 1800 m3 por dia. Naquele momento, a empresa também aumentou a estocagem de oxigênio líquido em cerca de 30% para garantir ainda mais confiabilidade no fornecimento do produto.
Esforços logísticos
Por se tratar de uma pandemia global e que afeta todo o país, o cenário logístico na região – que por si só já é extremamente desafiador por não contar com acesso terrestre – fica ainda mais complexo. Por isso, a empresa vem implementando uma grande operação por vias fluvial e aérea, em cooperação com as autoridades governamentais e as forças armadas, para trazer oxigênio de fábricas localizadas em outros estados. Logo no início de janeiro de 2021, a companhia deslocou para esta operação 23 carretas criogênicas e 4 isotanques de 7 estados diferentes, que permitiram o incremento do volume médio de 22 mil metros cúbicos por dia. A companhia também já viabilizou o envio de 500 cilindros com suporte da FAB, o que representou um acréscimo de volume de 5.000 metros cúbicos.
A empresa reforçou ainda o monitoramento do consumo dos hospitais da região e otimizou ao máximo as rotas de entrega para abastecimento dos tanques que armazenam o produto. Além disso, já colocou à disposição das autoridades o envio de 32 tanques criogênicos móveis que neste momento estão em São Paulo e aguardando nova mobilização para serem transportados para Manaus.
A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e neste momento está atuando para viabilizar a importação do produto para a região.
Comunicação e solicitação de apoio às autoridades
O crescimento imprevisível e exponencial da demanda no início de 2021 também levou a empresa a comunicar formalmente de forma imediata e transparente às autoridades sobre a alta complexidade do fornecimento de oxigênio medicinal para Manaus, solicitando apoio diante de um cenário extremamente desafiador. Foram apresentadas as necessidades impostas pelo alto grau de criticidade da situação para mobilização de outras empresas, da sociedade em geral e órgãos competentes.
Entre as iniciativas estão reuniões periódicas com o Comitê de Crise do Governo do Estado do Amazonas e do Governo Federal; envio de requerimento junto à Anvisa; adaptação de equipamentos para transporte de oxigênio líquido nos aviões da Força Aérea Brasileira e solicitação formal de apoio logístico ao Ministério da Saúde.
Mobilização de equipes
Para viabilizar o aumento da produção e o esforço logístico também sem precedentes em seus mais de 100 anos de história, a empresa deslocou cerca de 100 funcionários, entre engenheiros, técnicos, motoristas, supervisores de operação e outros profissionais especializados, para Manaus, onde estão trabalhando 24 horas por dia.
Incentivo ao uso racional de oxigênio
A empresa também reforçou a orientação para os clientes medicinais sobre as melhores formas de uso do oxigênio durante seu armazenamento, transporte e consumo em seus estabelecimentos de saúde.
Percentual mínimo de pureza do oxigênio
A White Martins fez um requerimento à Anvisa para que a agência autorize a flexibilização temporária, em caráter excepcional, do percentual mínimo de pureza do oxigênio medicinal produzido no estado do Amazonas. Dessa forma, a porcentagem mínima seria alterada para 95%, permanecendo em patamar ainda superior ao exigido para a produção via Sistemas Concentradores de Oxigênio (Pressure Swing Adsorption – PSA), um equipamento utilizado por diversas instituições de saúde no Brasil. Esta flexibilização poderá aumentar a capacidade produtiva da planta de Manaus em aproximadamente 2.000 metros cúbicos diários.
Reativação de antiga planta da White Martins em Manaus
Após a construção de uma nova fábrica em 2009, com capacidade muito superior à demanda de mercado, a antiga planta foi desativada e está fora de operação há 11 anos. Contudo, diante da demanda atual sem precedentes, a White Martins deslocou para Manaus uma equipe de 12 funcionários entre especialistas, engenheiros, técnicos para avaliar os equipamentos e viabilizar o funcionamento da planta. A expectativa é que a partida desta planta aconteça entre 30 e 45 dias. Esta iniciativa permitirá a entrega de cerca de 6000 m3 de oxigênio por dia.
Compra de oxigênio de fornecedores locais
Com objetivo de somar esforços para suprir a alta demanda dos hospitais em Manaus, a White Martins tem comprado oxigênio de fornecedores locais. Isso representou um incremento de cerca de 35 mil metros cúbicos totais, não diários, até o dia 14 de janeiro.
Consumo crescente
O cenário vem se agravando a cada dia. Somente o consumo atual de cinco hospitais locais é maior do que a capacidade de produção total da planta local da White Martins, atualmente de 28 mil metros cúbicos por dia. O consumo individual de boa parte dos hospitais do município já é mais do que o dobro da média de consumo dos maiores hospitais do país. Para efeitos de comparação, entre janeiro e março de 2020, o consumo diário era de 12.500 m3 por dia. Durante a primeira onda da pandemia, alcançou 30 mil m3 por dia. No segundo semestre de 2020, reduziu para 15.500 m3 por dia e, atualmente, atingiu cerca de 70 mil m3 por dia e segue crescendo exponencialmente.
Com informações da assessoria