Na cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, o Brasil coloca a expectativa de fechar um acordo de livre comércio com a União Europeia em foco: é visto como momento decisivo, e o governo já sinaliza que, se não houver avanços substanciais agora, não haverá espaço para novas negociações significativas. O chanceler Mauro Vieira afastou a ideia de que há mais tempo a perder e indicou que, caso o acordo não avance, o Brasil direcionará esforços para outros parceiros de peso.
O que está em jogo na cúpula Mercosul-UE
Vieira destacou que há uma maioria de países favoráveis ao tratado e que a União Europeia também reconhece a importância de concluir as tratativas neste momento, especialmente diante de desequilíbrios nas relações externas. O acordo é visto como uma medida de proteção econômica para ambos os blocos, proporcionando previsibilidade para setores como indústria, serviços e agropecuária.
Paralelamente, o presidente Lula reforçou, em tom de alerta político, que esta é a última chance de acordo durante o seu mandato. Segundo ele, se não for feito agora, o Brasil não cederá mais em negociações futuras.
Mercados, exportações e o caminho para o Brasil
O chanceler avalia que a assinatura do acordo poderia ampliar as exportações brasileiras em cerca de 33 bilhões de dólares ao longo de cinco anos. Para o setor agropecuário, o governo aponta a abertura de cerca de 500 novos mercados, resultado direto da atuação diplomática do presidente. Além disso, Lula tem realizado uma intensa agenda internacional, com mais de 60 encontros presenciais com chefes de Estado estrangeiros durante este mandato, entre viagens oficiais que ampliaram o alcance externo do Brasil.
Com informações da Agência Brasil.
