
Em meio à continuidade do conflito na Ucrânia, a pauta sobre a presença de tropas estrangeiras no território ucraniano voltou a ganhar atenção internacional, desta vez associada a uma interlocução de alto nível. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que, durante um encontro no fim de semana na Flórida com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi apresentada uma proposta de garantias de segurança para o país. Segundo Zelensky, a ideia inicial previa proteção de Kiev por um período de 15 anos, com potencial para prorrogação.
O que foi discutido entre Zelensky e Trump
O relato de Zelensky aponta que a principal peça da oferta seria a criação de garantias de segurança que, na prática, assegurariam a defesa ucraniana em caso de nova agressão, semelhante a pactos de defesa entre aliados ocidentais. A reunião, segundo o presidente ucraniano, contou com a mediação de figuras próximas a Trump e ainda não gerou uma confirmação formal das autoridades americanas.
Garantias de segurança e o papel de tropas
Entre os elementos descritos, estaria a possibilidade de envio de tropas de países membros da OTAN para defender o território ucraniano diante de uma invasão, caso as garantias fossem acionadas. Zelensky comentou também que, embora a oferta inicial fosse de 15 anos, ele insistiu na necessidade de prazos mais longos, citando 30, 40 ou 50 anos como horizonte desejado. Trump, conforme relatado pelo presidente ucraniano, indicou que poderia considerar a extensão do prazo, mas não houve confirmação pública definitiva por parte de Washington.
Perspectivas e próximos passos diplomáticos
A própria natureza da proposta indica que estamos diante de uma etapa de negociações em que o objetivo é consolidar um acordo para encerrar o conflito com a Rússia por meio de garantias de segurança duradouras. Também fica evidente o caráter híbrido dessas tratativas, que combinam elementos de negociação, mediação e avaliação política interna de cada país.Até o momento, autoridades dos EUA não comentaram oficialmente a pedido de extensão do prazo, e não há confirmação de que o conjunto completo de garantias tenha sido apresentado formalmente a ambas as partes. O desfecho dependerá de novos encontros, da evolução no cenário militar e de como cada governo calibrará seus sinais internos e internacionais.





