
Em um raro pronunciamento noturno na Casa Branca, o presidente Donald Trump elogiou resultados de sua gestão e atribuiu as dificuldades econômicas a Joe Biden. O discurso, transmitido de uma sala decorada para o Natal, deixou pouco espaço para soluções políticas imediatas e seguiu mais com tom de autoconfiança do que de propostas.
Poucas propostas e ataques ao antecessor
Trump dirigiu críticas a políticas do governo anterior, associando problemas como inflação e custos de vida a decisões tomadas durante o mandato de Biden. O tom do discurso oscilou entre justificativas de avances econômicos sob sua gestão e a transformação do atual quadro político em uma arena de confronto direto com o adversário.
Plano econômico e dividendos
Entre as poucas medidas mencionadas, o discurso incluiu a promessa de um dividendo de 1.776 dólares para cerca de 1,45 milhão de militares na próxima semana. Também apoiou uma proposta para enviar recursos diretamente à população para compensar custos de seguros de saúde, em vez de subsídios por meio da ACA, defendendo que a iniciativa leva o dinheiro diretamente às pessoas e que as seguradoras seriam os únicos perdedores.
Economia e inflação em debate
Trump afirmou que o país está emergindo de uma fase difícil e que os preços vão cair rapidamente, atribuindo boa parte da recuperação a investimentos expressivos e a políticas tarifárias. Dados oficiais, no entanto, mostram inflação persistente, com o índice de preços ao consumidor girando ao redor de 3% nos últimos meses, sem sinal claro de queda expressiva.
Impacto político rumo às eleições
Com as eleições de meio mandato de 2026 se aproximando, a oposição Democrata questiona a efetividade das propostas apresentadas. Um levantamento recente da Reuters/Ipsos aponta que apenas cerca de um terço dos americanos aprovam a condução da economia por Trump, alimentando dúvidas sobre o impacto político do discurso.





