Tia de bebê decapitado conta que irmã não para de chorar: ‘O peito dói, e ela diz que é a filha querendo mamar’

foto: Daisy Laparra/Pexels

Dez dias depois de perder a filha decapitada durante o parto, Ranielly Coelho não consegue andar e sofre com as dores decorrentes do procedimento. Ela precisou levar 60 pontos para fechar os cortes abertos para o nascimento da criança, no último dia 30 de abril, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. A irmã de Ranielly, Aryanne Santos, diz que tem se desdobrado para cuidar dela e da mãe, que viu toda a cena através de um vidro.

Ao Extra, Ranielly contou que a irmã chora bastante. ” Ranielly queria tanto essa menina. Ela ficou sete meses de resguardo para garantir que a menina nasceria bem. Mas, agora, de três em três horas, quando o peito dói, sai leite, e ela diz que é a filha querendo mamar. É a hora mais doída. Ela só chora. Está sem dormir e, quando dorme, acorda na hora que foi o parto chorando, dizendo que está ouvindo vozes. É uma situação muito complicada” afirma Aryanne.

Ranielly Coelho, deu entrada na unidade de saúde em 24 de abril, com 30 semanas de gestação. A equipe médica constatou que a gestante estava com pressão alta e decidiu interná-la. Em nota, o Hospital das Clínicas afirmou que o quadro de Ranielly piorou ao longo da semana e que a equipe de Medicina Fetal constatou “malformação pulmonar grave” do feto – um quadro “incompatível com a vida”. Com a gravidade do caso e a “inviabilidade” do feto, segundo o hospital, o parto foi induzido.

Ainda segundo o Extra, Aryanne conta que o cunhado e pai da criança também acompanhou o procedimento e chegou a ser chamado, pela médica responsável, para ver o rosto da filha.

“Ranielly já não estava mais aguentando fazer força, sentindo muita dor, e a médica pediu para fazer cortes para a saída do bebê. Aí a menina colocou a cabeça para fora. Foi a hora que ela chamou o pai para ver a criança. Meu cunhado disse que ela estava com a mãozinha do lado do rosto, mexendo os olhos, só que estava ficando roxinha. A médica disse que era falta de oxigenação. Como os ombros da menina não passavam, ela subiu em cima da minha irmã, mandou segurar braços e pernas e acabou puxando a cabeça dela. Meu cunhado viu a cena e ficou agressivo, minha mãe começou a gritar”, relata Aryanne.

Ainda ao Extra, Aryanne conta que o cunhado foi retirado da sala, e a criança foi levada para um quarto anexo à sala do parto. Meia hora depois, a equipe médica retornou com o bebê já vestido e pediu para que os parentes se despedissem da menina.

“Eles já vieram com a menina embrulhada, com a roupinha tampando o pescoço. Disseram para a minha irmã que ela precisava se despedir da filha. Minha mãe [avó da menina] pegou no colo, tirou a roupinha e viu que o pescoço estava costurado”, diz a tia da pequena, que recebeu o nome de Manuelle Vitória.