Taxa elevada de transmissão da Covid ocasionou prorrogação do Decreto no AM, diz governo

A prorrogação do decreto que começa a valer a partir do dia 1º e vai até o dia 7 de fevereiro, tem como base informações técnicas e científicas da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), principalmente da taxa ainda elevada de transmissão da Covid-19 no Amazonas, atualmente em 1,25, a mais alta do país. A taxa de letalidade no Amazonas está em 3,6%, acima da média nacional (2,4%).

A taxa de 1,25 significa que, atualmente, cada grupo de 100 pessoas infectadas transmite o vírus para outras 125, em um intervalo de sete dias. Isso já se reflete em janeiro, que bateu recorde em número de casos notificados, totalizando 56.593, superando maio de 2020, que havia registrado 36.123 casos notificados no primeiro pico da pandemia.

A manutenção das medidas de restrição também considera as elevadas taxas de ocupação de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que estão acima de 90%. Atualmente, mais de 550 pacientes com Covid-19 que estão recebendo assistência na rede estadual, em unidades de urgência e emergência, aguardam liberação de leitos clínicos e de UTI.

Nova variante

Um estudo da Fiocruz Amazônia, desenvolvido com a colaboração da FVS-AM, comprova que uma nova variante do vírus identificada no Amazonas, a P.1, é altamente contagiosa e foi responsável por 91% dos casos de Covid-19 analisados através de sequenciamento genético, até o dia 13 de janeiro. As amostras verificadas foram analisadas pela FVS-AM.

Dados epidemiológicos da Fundação apontam uma predominância de circulação dessa nova variante no Amazonas entre a segunda quinzena de dezembro de 2020 e o mês de janeiro de 2021.

Com informações da assessoria