
Manaus, uma cidade com 2 milhões de habitantes, enfrenta um problema crítico na área de saúde: a ausência de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) geridos pela Prefeitura. Atualmente, todas as unidades desse tipo são administradas pelo Governo do Estado, o que tem contribuído para longas filas e sobrecarga nos hospitais.
Compromisso de Roberto Cidade
Roberto Cidade, pré-candidato à Prefeitura de Manaus pelo União Brasil, propôs uma solução para este desafio: a criação de 12 UPAs 24 horas em diversas regiões da cidade. Esse plano visa fornecer um atendimento mais ágil e eficiente para casos menos graves, aliviando a pressão sobre os hospitais estaduais e melhorando o acesso aos serviços de saúde para a população.
Distribuição das UPAs
As novas UPAs serão distribuídas estrategicamente por Manaus para cobrir todas as zonas da cidade:
- Zona Norte: Nova Cidade, Terra Nova, Monte das Oliveiras e Cidade Nova
- Zona Leste: Gilberto Mestrinho e Jorge Teixeira
- Zona Sul: Morro da Liberdade, Petrópolis e Cachoeirinha
- Zona Oeste: Compensa
- Zona Centro-Oeste: Alvorada
- Zona Centro-Sul: Parque Dez
Cada unidade oferecerá consultas, remédios e exames no mesmo local, prometendo reduzir significativamente as filas nos hospitais e a espera por exames.
Impacto na saúde pública
Dados da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SES-AM) revelam que cerca de 70% dos atendimentos de emergência em Manaus são para casos de baixa gravidade. Entre janeiro e julho deste ano, 127 mil pacientes procuraram os hospitais estaduais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Bezerra, bem como os hospitais infantis das zonas Leste, Sul e Oeste.
A falta de UPAs municipais tem contribuído para a sobrecarga das unidades estaduais, que são responsáveis por um volume excessivo de atendimentos não urgentes. Roberto Cidade critica a atual gestão municipal por não ter criado essas unidades, afirmando que a ausência de UPAs municipais é um reflexo da ineficiência na gestão da saúde.
Casos de pacientes
A situação atual é exemplificada por casos como o de O.A., um aposentado de 62 anos, que aguarda diagnóstico e exames como raio-X e ultrassom há meses. Ele relata dificuldades para conseguir autorizações e marcações para exames, o que tem gerado frustração e insegurança quanto ao seu tratamento.
Outro exemplo é J.O., uma dona de casa grávida de sete meses, que teve que recorrer ao atendimento particular para realizar ultrassons devido à demora na rede pública. Ela optou por pagar do próprio bolso para evitar riscos para sua saúde e a do bebê, evidenciando as falhas na oferta de serviços essenciais.
A proposta de Roberto Cidade de implementar 12 UPAs 24 horas em Manaus é uma resposta direta às deficiências no sistema de saúde atual. Se concretizada, essa iniciativa pode transformar a forma como o atendimento de urgência é gerido na cidade, oferecendo um alívio necessário para os hospitais e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.