Imagens de satélites monitorados por instituições nacionais e internacionais revelam que a fumaça que vem incomodando a população da capital amazonense e municípios do interior têm origem no oeste do Pará e na Região Metropolitana de Manaus (RMM). Nos últimos dois dias, foram registrados 334 focos de queimadas no Pará e 125 no Amazonas, sendo 24 na RMM.
Os dados são extraídos do monitoramento coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), instituição de excelência em questões como mudanças climáticas, e Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), instituição do governo norte-americano referência internacional nesse tipo de acompanhamento.
De acordo com imagens do satélite GOES-16, fornecidas pela NOAA e analisadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Manaus ainda está sob pressão do acúmulo de fumaça dos últimos dois dias nas duas localidades.
O material particulado fica mais tempo suspenso na região devido ao calor intenso e a falta de chuvas provocados pelo El Niño, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições.