Putin afirma que a Rússia não atacará se for tratada com respeito e sinaliza disposição para encerrar a guerra com garantias de segurança em coletiva de fim de ano


Na coletiva de imprensa de fim de ano em Moscou, o presidente Vladimir Putin apresentou uma leitura sobre as condições para o fim do conflito e para as relações com o Ocidente. Ele afirmou que a Rússia não planeja novas ações militares caso seja tratada com respeito e seus interesses sejam considerados. O líder russo não detalhou o que exatamente configuraria esse tratamento respeitoso, e manteve críticas à expansão da Otan para o leste, vista por Moscou como ameaça. Ele também reiterou que não pretende atacar a Otan.


O que Putin quis dizer com respeito e garantias de segurança

Durante a fala, Putin associou a possibilidade de cessar hostilidades a garantias de segurança suficientes, sem esclarecer quais medidas concretas o Ocidente deveria adotar. Ele argumentou que as ações de Moscou surgem como resposta a ameaças percebidas e à expansão ocidental, sem prometer recuos imediatos sem que haja recuo de alianças.


Contexto estratégico e reação internacional

A declaração ocorre em um momento em que a Otan, a União Europeia e os Estados Unidos avaliam a segurança na região. Alguns dirigentes europeus destacam a necessidade de se preparar para cenários de conflito prolongado. Putin também criticou o uso de ativos russos congelados para financiar ajuda à Ucrânia, chamando a tentativa de liberar esses recursos de roubo.

Implicações para paz, diálogo e relações ocidentais

Putin afirmou estar disposto a dialogar com os EUA, o Reino Unido e o restante da Europa em condições de igualdade, mas manteve que a decisão sobre um acordo de paz depende da Ucrânia e da Europa. A fala reforça a ideia de que garantias de segurança mais robustas para a Rússia são essenciais para qualquer avanço, enquanto atribui ao Ocidente a responsabilidade pela falta de progressos caso não haja reciprocidade.