A União terá que indenizar em cerca de R$ 90 mil um militar da reserva que, em 2019, foi punido pela Marinha com dois dias de prisão por beijar uma mulher enquanto cumpria missão na Noruega.
A decisão, que ainda cabe recurso, foi tomada pela 2ª Vara Federal de São Gonçalo (RJ). O punido, Rogério Santos, tinha 32 anos de carreira nas Forças Armadas e, na época dos fatos, atuava como suboficial e fazia sua última viagem internacional antes da aposentadoria.
O caso ocorreu durante uma confraternização e ele foi filmado vestindo sua farda enquanto beijava uma norueguesa. Após o ocorrido viralizar, o militar foi trazido de volta ao Brasil e preso por 48 horas.
Para a advogada, o militar teria sido vítima de racismo estrutural na Marinha, lembrando que outros casos de militares brancos com condutas semelhantes contou com punições mais brandas. Já a União alegou que o militar trouxe “prejuízo” à imagem da Marinha, já que ele era casado quando beijou a norueguesa.
Para o juiz Erik Wolkart, no entanto, a conduta não estava tipificada no Regulamento Disciplinar da Marinha. Dessa forma, determinou o pagamento de R$ 60,4 mil referentes aos pagamentos que a vítima deixou de receber diante da suspensão da viagem e mais R$ 30 mil por danos morais.
As informações são do O Globo e IG