
Uma mulher de 41 anos, natural de Pernambuco, morreu na Alemanha após um vazamento de gás na casa onde morava, segundo relatos da família e do Consulado Geral do Brasil em Frankfurt. Luciana Soares da Silva deixou dois filhos, Kauã, 8 anos, e Maria, uma bebê de 2 meses. Sem um responsável legal definido no exterior, a família brasileira iniciou a mobilização para a repatriação do corpo e para regularizar a guarda das crianças, reunindo recursos para que parentes possam viajar à Alemanha e para orientar os trâmites legais.
O que se sabe sobre os filhos e a situação familiar
A guarda das crianças está em situação delicada. Kauã é filho apenas de Luciana, e Maria ainda não tem registro com o pai alemão, o que complica a definição de responsabilidade legal no exterior. A família informou que não há um tutor formal no momento e que tenta confirmar onde está cada menor. Relatos indicam que o irmão mais velho da família estaria em um lar temporário, mas a localização da bebê não foi confirmada pelas autoridades brasileiras.
O papel do consulado e o que dizem as autoridades
O Consulado Geral do Brasil em Frankfurt afirmou estar desempenhando os esforços cabíveis dentro de suas atribuições, em contato com autoridades policiais, de saúde e com órgãos de tutela de menores locais. Também orienta a família sobre os procedimentos para a repatriação do corpo e para o monitoramento dos menores brasileiros envolvidos. A apuração das circunstâncias da morte e o processo de guarda provisória cabem às autoridades alemãs.
Repatriação do corpo e custos envolvidos
Especialistas lembram que o translado de um corpo ao Brasil pode chegar a cerca de 100 mil reais, dependendo dos documentos e da logística. Entre os documentos necessários estão a certidão de óbito, o laudo médico que descreve as causas da morte, a declaração sanitária para o transporte e as autorizações de autoridades ou da família. Em linhas gerais, a repatriação é de responsabilidade da família, mas há exceções previstas em decisões recentes de governo. Após o caso de Juliana Marins, o governo federal abriu a possibilidade de custeio em situações excepcionais, desde que haja comprovação de incapacidade financeira, ausência de cobertura por seguro e outras condições previstas em decreto e na disponibilidade orçamentária.
Como ajudar e próximos passos
A família tem buscado apoio financeiro para viabilizar a ida de parentes à Alemanha, bem como o translado do corpo. O consulado recomenda acompanhar as informações oficiais e seguir as orientações das autoridades locais. A reportagem continuará apurando novos desdobramentos, incluindo atualizações sobre a guarda das crianças e o andamento da repatriação.





