
O Aeroporto de Parintins não pode receber voos operados por aviões a jatos desde dezembro do ano passado por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Técnicos da agência fizeram uma vistoria e constataram irregularidades, entre elas defeitos graves na pista de pouso e decolagem e no pátio de estacionamento de aeronaves, como trincas, desagregação e presença de material solto na superfície.
A companhia Azul, a única que opera na cidade de Parintins, está usando a aeronave ATR-72 que transporta até 70 passageiros nos voos que decolam de Manaus. Antes das restrições, a companhia operava nesta rota com o jato da Embraer-195 que tem 118 assentos.
Com uma oferta menor de assentos, não há passagens aéreas disponíveis de Manaus para Parintins durante o Festival Folclórico. Por exemplo, os voos saindo da capital amazonense estão esgotados para quem pretendia viajar dia 25 de junho, uma quarta-feira, e 26 de junho, na sexta-feira, um dia antes da abertura oficial do festival. Também estão esgotadas as passagens de Parintins para Manaus para o dia 30 de junho.
(Veja detalhes abaixo).

Viagem de barco dura 18 horas
Para quem pretende viajar de Manaus para Parintins tem a opção via barco com duração de aproximadamente 18 horas. Um voo da Azul tem duração entre as duas cidades de uma hora. A Prefeitura de Parintins, responsável pelo aeroporto, está realizando obras para fazer as adequações exigidas pela ANAC.
Leia nota da ANAC sobre a situação do Aeroporto de Parintins
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que, após inspeção aeroportuária realizada no período de 23 a 24 de outubro de 2024, foram identificadas não conformidades críticas no Aeródromo de Parintins (AM) relacionadas principalmente à manutenção da infraestrutura aeroportuária. Entre as principais irregularidades constatadas estão defeitos graves na pista de pouso e decolagem e no pátio de estacionamento de aeronaves, como trincas, desagregação e presença de material solto na superfície.
As condições verificadas na pista de pouco e decolagem de Parintins representam riscos significativos às operações aéreas, podendo ocasionar danos aos motores, pneus e fuselagem das aeronaves, especialmente as de asa fixa com motores a reação.
Apesar das ações corretivas apresentadas pelo operador do aeródromo, como a previsão de recapeamento da pista até 2 de outubro de 2025, as medidas propostas não foram consideradas suficientes para mitigar os riscos no curto prazo.
Diante do cenário apresentado, e com base nos regulamentos vigentes (Regulamentos Brasileiros de Aviação Civil nº 153 e nº 139), a Anac decidiu pela aplicação de restrição operacional ao Aeródromo de Parintins, visando garantir a segurança das operações aéreas. A medida poderá ser reavaliada conforme a evolução das ações corretivas implementadas pelo operador aeroportuário.
Além das condições da pista, outros problemas identificados incluem falhas na manutenção dos auxílios visuais, sistema de drenagem e áreas verdes, bem como riscos associados à presença de resíduos sólidos próximos ao aeródromo, que aumentam a possibilidade de riscos de incidentes aeronáuticos envolvendo aves.
A Anac segue acompanhando o situação do Aeródromo de Parintins e reforça seu compromisso com a segurança operacional em todos os aeródromos do país.