Operação Sem Desconto: PF aponta senador Weverton Rocha como sustentáculo político de esquema no INSS


A Polícia Federal desvendou um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS que chegou à esfera política, levando o pedido de prisão de um senador. O caso ganhou contornos com a decisão do STF, após manifestação do Ministério Público Federal, que autorizou mandados de busca e apreensão na residência de Weverton Rocha (PDT-MA) e, na sequência, a prisão de outros suspeitos.


Como o senador se encaixa na investigação

Trechos do relatório policial indicam que Weverton Rocha atuaria como sustentáculo político do grupo chefiado por Antônio Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e do empresário Maurício Camisotti. Segundo a PF, o parlamentar teria se beneficiado de recursos obtidos por meio de descontos fraudulentos e manteria ligações próximas com integrantes da organização criminosa investigada na operação em curso.


A operação e os demais investigados

A nova fase da ação, chamada de Sem Desconto, envolve 52 mandados de busca e apreensão e 16 ordens de prisão preventiva. Além do senador, também foram alvo o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, e Gustavo Gaspar, ex-assistente parlamentar sênior da liderança do PDT, apontado como braço direito de Weverton nos bastidores.

Conexões, comunicações e desdobramentos

Investigações identificaram grupos de conversa por aplicativo vinculados ao núcleo envolvido no Careca do INSS e registros que sugerem uma relação próxima entre o senador e outros investigados. A Polícia Federal aponta que Gaspar deixou o cargo em 2023 após denúncias de atuação como funcionário fantasma, mas reapareceu recentemente em companhia de influentes membros do governo à frente da Previdência para novas reuniões.

O veículo Agência Brasil também buscou a defesa de Weverton Rocha para manifestação sobre as investigações, sem retorno até o fechamento deste texto.

Com informações da Agência Brasil.