‘Nunca se mostraram agressivos’, diz mãe de suspeitos pela morte de criança em Marabá

Amãe de duas das três crianças suspeitas de torturaram até a morte um menino de 5 anos nesta quinta-feira (167, na zona rural de Marabá, sudeste paraense, disse que acredita que seus filhos sejam inocentes.


Segundo ela, os meninos de 9 e o outro de 12 anos, nunca mostraram agressividade suficiente para cometer um crime tão cruel quando a morte de Júlio Henrique, amarrado, torturado e jogado em um rio.


“É doído. Só Deus sabe como eu estou aqui. Não dou conta nem de conversar. A gente que é mãe sabe. Ele sempre disse que não foi ele. Me jurou por Deus, mas o outro confirmou que foi ele. Em nenhum momento eles mostraram ser agressivos. Eles gostam de trabalhar, de capinar o quintal do meu pai, ficar jogando peteca, o negócio é o povo que fica implicando com nós. Negócio de fazer mal aos outros, acho que não foram eles não moço”, disse ela ao DOL Carajás.


A avó da criança morta também esteve na Polícia Civil de Marabá. Para a mulher de 46 anos, não há dúvidas de que os três menores, de 9, 11 e 13 anos foram os autores do crime. Inclusive, dois deles deram alguns detalhes do crime aos investigadores.

“Ele sumiu três horas tarde. Passaram a noite toda procurando e foram achar no igarapé, com as mãozinhas amarradas pra trás, todo amarrado, estuprado e jogado de boca na água. Eu estou indignada. Eu quero justiça, isso não pode ficar impune. Três crianças que mataram meu neto, não dá pra acreditar. Ele era de casa, não era de sair, foram pegar ele na frente de casa. Alguém pegou ele da porta e levaram pra matar meu bichinho. Se os meninos não puderem pagar, que os pais paguem. Ele só tinha cinco anos, era uma criança. Muito triste essa situação”, disse.

O delegado Vinicius Cardoso, que está à frente das investigações, contou o que acontecerá com os três suspeitos. “Os três menores foram apresentados como responsáveis pelo assassinato. Desses três, tem um de 9 e um de 11 anos que serão, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente, entregues ao Conselho Tutelar para providências. O terceiro é um adolescente de 13 anos que será submetido a uma medida socioeducativa. Ele está sendo apreendido por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado e ficará à disposição da Vara da Infância e Juventude.

Na delegacia, as crianças disseram que a vítima foi agredida com socos, pontapés e golpes de fio. Eles tiraram a roupa de Júlio e o jogaram na represa. A criança, que não sabia nadar, morreu afogada.

O delegado solicitou a realização de exame sexológico forense para apontar ou não um possível estupro. Com informações do Dol.

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