‘Não há chance de pena de morte’, diz advogado de brasileira presa por tráfico na Tailândia

A jovem Mary Hellen Coelho da Silva, de 22 anos, presa com outros dois brasileiros por tráfico de drogas na Tailândia, não corre risco de enfrentar o corredor da morte no país, segundo o advogado Telêmaco Marrace. O criminalista, junto a duas advogadas de Pouso Alegre (MG), assumiu o caso da brasileira presa no último dia 14, no aeroporto de Bangkok.

“Na Tailândia, não se aplica esse tipo de punição [pena de morte] no tipo de droga que ela estava levando, que possivelmente era cocaína. A última legislação do país diz claramente que apenas o tráfico de heroína gera essa condenação”, explicou Marrace ao Uol.

Conforme o advogado, Mary Hellen não tem antecedentes criminais e tudo leva a crer que a jovem teria sido usada como “mula”, ou seja, não tinha conhecimento do que levava nas bagagens.

“Eu creio que essa menina foi fisgada. É o termo chamado “angel fisherman”, ou seja, o anjo pescador. É muito comum emissores de traficantes atuarem em baladas e redes sociais aliciando mulheres em situação de vulnerabilidade financeira ou emocional. Eles se pintam de príncipes encantados prometem mundos e fundos e levam essas moças para as armadilhas. São eles que preparam as malas”, afirmou Marrace.

Ainda segundo o criminalista, a quantidade de drogas encontrada na mala da jovem não é considerada alta. “Era uma quantidade de drogas pequena [com ela], apenas nove quilos e meio. Não é alta para os padrões de lá. Acredito que ela deva cumprir uma pena intermediária, ficando alguns anos presa, apenas cinco”, disse ao Uol.