‘Não é médico, é um monstro’, diz vítima de anestesista preso por estuprar pacientes

Uma das mulheres estupradas pelo anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carillo enquanto estava sedada durante uma cirurgia contou que estava intubada quando sofreu o abuso. Em entrevista ao jornal RJTV 2ª edição, da TV Globo, a vítima também relatou que nem conseguia falar após voltar do procedimento, devido a forte sedação. O médico foi preso pelos crimes de estupro de vulnerável e pedofilia.

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi estuprada em fevereiro de 2021 no Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, em uma cirurgia para retirada de útero. Por estar sedada no momento do crime, ela não sabia que havia sido abusada sexualmente. Ela soube apenas agora, após ser identificada pela polícia em um vídeo gravado pelo médico e ver as imagens do estuprou que sofreu. Além dela, o suspeito se gravou estuprando uma outra paciente.

A vítima também relatou o quanto foi difícil saber que tinha sido vítima de abuso sexual enquanto estava dentro de um hospital. “Ele estudou o quê? Para ser bicho, para ser monstro? Ou ele estudou para ser médico? Porque para mim um homem desses não é médico, não. Para mim, uma pessoa dessas é um monstro”, lamentou.

Em nota, a Direção Geral do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) diz que está colaborando com a Coordenação de Relações Institucionais e Articulações com a Sociedade (Corin/UFRJ), que foi acionada a respeito do caso, que corre sob sigilo judicial.

Segundo a instituição, Andres Carrilho ingressou em um curso técnico-prático (semelhante a uma especialização) em março de 2018 e concluiu em fevereiro de 2021. Este curso tem uma vaga oferecida a estrangeiros e segue uma rígida seleção, sendo coordenado pela CAE (Coordenação de Atividades Educacionais). Suas etapas foram percorridas regularmente assim como o número de horas-aulas exigidas.

“A equipe da anestesiologia foi pega de surpresa, já que o indivíduo não apresentava nenhum desvio de comportamento em público e cumpria a função corretamente”, afirma o hospital.

As informações são do Terra.