O Movimento Brasil Livre (MBL) apresentou projeto para suspender o cachê de artistas que fizeram manifestações políticas e eleitorais em shows com uso de verba pública, informa a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira, 3.
A iniciativa foi protocolada na Câmara Municipal de São Paulo. De acordo com a coluna, o projeto deve ainda ser apresentado às Câmaras de Santo André, São Bernardo do Campo, Valinhos e Sorocaba.
O texto, de autoria de Rubinho Nunes (União Brasil) e do pré-candidato Guto Zacarias, prevê também uma multa estipulada em até 50% sobre o valor do contrato firmado com o artista.
Além disso, o projeto impede que o artista punido faça licitações com o poder público em um período mínimo de um ano.
O projeto do MBL ocorre em meio a questionamentos envolvendo shows sertanejos, como de Gusttavo Lima, e o uso de verba de prefeituras. Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o deputado André Janones (Avante-MG), pré-candidato à Presidência, destinou R$ 1,9 milhão em recursos de uma emenda parlamentar para promover uma festa com o artista e outros cantores sertanejos. Além disso, Lima se envolveu em discussões sobre pagamentos de shows após a divulgação de um contrato de R$ 1,2 milhão feito pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro, cidade mineira de 17 mil habitantes.
Em uma ação mais direta, o vereador Fernando Holiday (Novo), que já foi um dos membros mais conhecidos do MBL, acionou a Justiça para tentar caçar o cachê da cantora Ludmilla, que fez o símbolo de um “L” com as mãos durante um show. Para o vereador, a cantora fez manifestação favorável ao pré-candidato à Presidência Lula (PT). Ludmilla, porém, diz que apenas usou a primeira letra de seu nome no gesto.
As informações são do TERRA