Leilão Falso Virtual: amazonense chegou a transferir aos golpistas R$ 71 mil

foto: Lyandra Peres

Atualmente, uma das modalidades criminosas que vêm fazendo muitas vítimas é o chamado golpe do Leilão Falso Virtual. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), alerta à população sobre como se prevenir desse crime e orienta como proceder caso seja vítima.

O delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, explica que as vítimas são atraídas por meio de anúncios em redes sociais, especialmente de veículos e utilitários, e realizam cadastros em sites fraudulentos de leilões, que se parecem com os verdadeiros, a fim de conseguir obter esses bens por valores menores.

“Após realizar o cadastro, a vítima passa a participar dos leilões e dar lances esperando que ele seja suficiente para arrematar aquele bem que ela pretende. Normalmente, a vítima baixa o seu nível de segurança por imaginar que está em um ambiente seguro, bem como acreditar que o valor do bem vai estar abaixo do valor de mercado”, relatou Rondon.

De acordo com a autoridade policial, mesmo em leilões, há um valor mínimo normalmente utilizado pelo mercado, então se a vítima der um lance com valor baixo e for premiada é preciso desconfiar. “Esse golpe vem aumentando cada vez mais, principalmente após a pandemia. Os estelionatários utilizam sites com interface idênticas aos verdadeiros, a fim de ludibriar as pessoas”, informa o titular da Dercc.

Orientações

É importante se atentar ao domínio do site, caso sejam .org ou .net, geralmente são endereços eletrônicos que estão hospedados fora do Brasil; além disso, esses sites possuem caracteres e informações que não condizem com pessoa jurídica.

“Se possível, se atentar no site se existe alguma aba informando a localização dos bens, caso haja, e ir ao endereço averiguar se aquele produto de fato existe”, orienta Antônio Rondon.

O delegado destaca, ainda, que caso a pessoa seja premiada no leilão, se atente ao efetuar o pagamento, seja por boleto bancário, pix ou transferência, e certifique-se qual nome do beneficiário vai aparecer, pois normalmente o golpista coloca a chave de uma pessoa física, em vez de pessoa jurídica.

Casos

De Janeiro até maio deste ano, a Dercc já recebeu diversas ocorrências relacionadas a essa prática criminosa, em um dos casos ocorrido em janeiro, uma mulher transferiu aos golpistas R$ 71 mil referente a dois veículos Chevrolet Tracker e Toyota Corolla. Já em outro caso, em 20 de março, a vítima perdeu R$ 42,5 mil após transferir aos golpistas, imaginando que havia conseguido arrematar um Nissan Kicks.

Um outro caso, ocorrido no dia 24 daquele mesmo mês, uma outra vítima transferiu R$ 45 mil aos criminosos pela suposta compra de um automóvel.

Todos os casos encontram-se sob investigação, a fim de identificar os autores dos crimes.

Denúncia e Registro de BO

Caso seja vítima desse golpe, o primeiro passo é registrar o Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer delegacia, inclusive, pela Delegacia Virtual (Devir), no endereço eletrônico: delegaciavirtual.sinesp.gov.br.

As vítimas também podem registrar na Dercc, localizada nas dependências da Delegacia Geral (DG), avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital.

“É importante a vítima reunir o máximo de informações e provas como prints das conversas, comprovantes de pagamento, endereço eletrônico dos sites fraudulentos, para que as investigações possam ser iniciadas”, enfatizou.

Com informações da assessoria