Homem que matou companheira supostamente por ciúmes, disse que a intenção era só ‘desacordá-la’

foto: Erlon Rodrigues

Marcelo dos Santos Amaral, 30, foi preso em flagrante por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na quarta-feira (10), em cumprimento a mandado de prisão temporária como autor da morte de Marlice Andrade da Silva, que tinha 39 anos. O crime ocorreu na segunda-feira (8), na rua Rondônia, comunidade Itaporanga, bairro Cidade Nova, zona norte.

Em diligências para localizar e prender o infrator, dois indivíduos identificados como Emanuel Amorim de Lima, 30, e Kalebe Martins Lima, 22, foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

O delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada, ressaltou que casos como esses não passarão despercebidos e as equipes da DEHS, por meio do Núcleo de Combate ao Feminicídio (NCF), sempre estarão firmes para solucioná-los.

Conforme a delegada Marília Campello, coordenadora do NCF, a mulher foi estrangulada e encontrada com as mãos e pés amarrados com um lençol, além de estar com diversos hematomas em várias partes do corpo, o que configura que ela foi agredida momentos antes de morrer.

“Marcelo confessou a autoria do crime e alegou que, inicialmente, a intenção não era matar a mulher, somente desacordá-la e fugir posteriormente. Além disso, ele disse que o motivo do delito seria uma suposta traição cometida pela vítima. É importante ressaltar que traição não é razão para tirar a vida de ninguém. Você atentar contra a vida de outra pessoa é crime, e atentar contra a vida de uma mulher é caracterizado feminicídio”, disse.

Ainda segundo a delegada, o autor e a vítima tinham um relacionamento há dois anos e ele era uma pessoa bastante agressiva com ela.

“Os vizinhos costumavam ouvir as brigas deles, em razão de eles terem desentendimentos contínuos. No dia do crime, a vizinhança pensou que fosse apenas mais uma briga de casal, entretanto, o que estava ocorrendo na residência de Marlice seria a situação que tirou a sua vida”, falou.

Diligências

Ainda conforme a autoridade policial, em diligências para capturar Marcelo, Emanuel e Kalebe também estavam a sua procura para matá-lo, por represália, entretanto, foi uma tentativa falha por parte deles.

“Eles chegaram ao local do fato na mesma ocasião em que os policiais civis da DEHS, que deram voz de prisão a eles por porte ilegal de arma fogo”, falou.

Além disso, no momento em que foi cumprido o mandado de prisão temporária de Marcelo, também foram cumpridas outras duas ordens judiciais em seu nome por roubo e porte ilegal de arma de fogo.

Procedimentos

Marcelo responderá por feminicídio, roubo e porte ilegal de arma de fogo; Emanuel e Kalebe responderão por porte ilegal de arma de fogo.

Os três ficarão à disposição do Poder Judiciário.