
Trocar o estímulo fiscal pelo financeiro em busca do desenvolvimento sustentável do país. Essa é a rota que o governo definiu e que vem sendo construída desde o seu início, com ganhos institucionais importantes num processo de negociação com o Congresso Nacional. Em sua participação em evento empresarial sexta-feira (30), em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou clara sua convicção de que a economia brasileira pode crescer de forma sustentável. “Não há razão para o Brasil não se desenvolver”, afirmou.
No contexto dos avanços na área econômica obtidos ao longo desta gestão governamental, Haddad destacou a aprovação do arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos, mecanismo que, na avaliação do Ministério da Fazenda, se mostrou inconsistente com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social do país. Haddad elencou ainda as medidas de ampliação do crédito, incluindo o novo marco de garantias.
“Se tivéssemos aprovado100% do que propusemos ao Congresso estaríamos com déficit zero este ano, e sustentável”, afirmou. “A democracia é isso”, ressaltou, acrescentando a importância da aprovação de “medidas reparadoras” como o arcabouço fiscal.
Haddad também fez menção aos índices de inflação (estimada em 3,9% para 2024) e de desemprego (6,8%, taxa do trimestre encerrado em julho), classificando essa relação como histórica e capaz de indicar que o país está no rumo certo do desenvolvimento socioeconômico sustentável. O ministro pontuou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro está crescendo em torno de 3% e que esse ritmo será mantido. Haddad relembrou que, há pouco tempo, grande parte dos analistas projetava que o PIB potencial do país estaria próximo de 1,5%.