
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), prendeu na noite de quarta-feira (28), Camila Barroso da Silva, de 33 anos. Ela é suspeita de envolvimento na morte da jovem Geovana Costa Martins, de 20 anos, que era babá de sua filha. O corpo da vítima foi encontrado no dia 20 de agosto. A jovem estava desaparecida desde o dia 19 de agosto e foi encontrada torturada e espancada.
De acordo com a delegada Marília Campello, adjunta da DEHS, Geovana foi aliciada pela suspeita ao começar a trabalhar como babá. “E ali ela foi aliciada, atraída por uma vida de balada, bebida, e a Camila passou a obrigá-la a ficar lá. Ela não deixava mais essa moça sair de lá, embora ela quisesse. Ela explorava sexualmente essa vítima. Essa vítima era praticamente obrigada a fazer programas sexuais. A casa é conhecida como uma casa de massagem”, disse em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (29).
Ainda conforme a delegada, além da Geovana, outras meninas também passavam por lá, mas a Geovana morava. “E a Geovana não podia se relacionar com pessoas de fora. Ontem quando essa suspeita foi presa ela diz “não fui eu, foi o Jhony”. O Jhony é o ex namorado da Geovana e já foi ouvido aqui. E ele mostrou pra gente mensagens e relata que na verdade a Camila não deixava mais que a Geovana se relacionasse mais nem com ele, nem com ninguém de fora, porque ela queria mantê-la ali, praticamente naquele cárcere”, contou.
Segundo a delegada, sempre que a Geovana pensava em sair daquela casa, a suspeita dizia que a vítima estava devendo ela e precisava trabalhar mais. Camila, inclusive já foi presa tentando embarcar com drogas, além de que sua família mora na França. “A Camila tem passagem marcada para a Europa. A Geovana já tinha tirado o passaporte também agora em junho, então provavelmente haveria aí essa situação de levar a Geovana pra fora. A Camila já foi presa por tráfico de drogas tentando embarcar com drogas. Provavelmente, a Geovana serviria também de mula, além de ter que se prostituir fora do país”, confirmou a delegada Marília.
A suspeita ainda chegou a ir no velório e dizer que era uma segunda mãe para a vítima.