David Fuller, de 67 anos, admitiu ter assassinado duas mulheres em 1987 e abusado sexualmente de mais de cem cadáveres femininos, incluindo crianças. Ele era funcionário de um hospital em Kent, na Inglaterra quando cometeu os crimes.
O homem diz ter atacado e matado Wendy Knell e Caroline Pierce em Turnbridge Wells, cidade cerca de 50 quilômetros ao sul de Londres. Sua defesa alegou que os crimes cometidos devem ser analisados levando em consideração suas ‘funções mentais debilitadas’.
Fuller, que cuidava da manutenção elétrica em hospitais desde 1989, também admite ter abusado sexualmente de corpos em necrotérios de dois hospitais ao longo de 12 anos. A imprensa britânica classifica o caso como o mais grave de necrofilia na história criminal do país.
Avanços recentes com testes de DNA identificaram a saliva de Fuller na roupa de cama, toalha e amostras colhidas das partes íntimas de Knell. Também foi encontrado o sêmen do abusador nas meias de Pierce, única roupa que ela usava quando seu cadáver foi reconhecido em um dique, três semanas após ela ser sequestrada.
Agentes fizeram uma busca na casa da Fuller e encontraram milhões de imagens e vídeos pornográficos em discos rígidos, disquetes, DVDs e cartões de memória, inclusive de crianças.
Na casa, também havia imagens gravadas pelo próprio Fuller no momento em que abusava de cadáveres nos necrotérios. Fotos e vídeos mostram ainda ele molestando corpos de três crianças, entre 2008 e novembro de 2020.
A polícia não conseguiu identificar 20 das vítimas. “Infelizmente, é provável que algumas das vítimas nunca sejam identificadas”, disse o investigador Paul Fotheringham.
Além do Kent and Sussex, Fuller também trabalhou no Tunbridge Wells Hospital, em Pembury, onde continuou cometendo seus crimes — até sua prisão, em dezembro de 2020.
Segundo a polícia, o criminoso trabalhava até tarde e, após a saída dos demais funcionários do hospital, ia até o necrotério, onde abusava dos corpos.
A audiência final em que a sentença de Fuller será proferida ainda não foi definida.
As informações são de reportagem da BBC e IG