O prefeito de Manaus, David Almeida, ao lado do vice-prefeito e chefe da Casa Civil, Marcos Rotta, anunciou, na manhã desta segunda-feira (2), a interdição por 90 dias da praia do complexo turístico Ponta Negra, para o banho, em razão da vazante que atinge o Estado, em 2023. O chefe do Executivo municipal também anunciou outras iniciativas como doação de cestas básicas e água potável para mais de 6,8 mil moradores de comunidades ribeirinhas que sofrem os efeitos da seca severa.
David Almeida informou que a interdição da praia da Ponta Negra para banho foi decidida após a rio Negro atingir a cota de 15,29 metros, abaixo da altura mínima considerada segura de 16 metros, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado junto ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), com órgãos municipais e estaduais signatários do compromisso, incluindo Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) e Polícia Militar.
“Com a cota da água até 16 metros, nós temos uma delimitação de até 30 metros de segurança para o banho. Abaixo disso, essa cota diminui e o nível fica em 15 metros de segurança. Como podemos ver neste momento, com esses 15 metros, cria uma areia movediça e existem buracos, em função do aterramento, e ser de uma praia artificial. Tudo isso, foi constatado pelo Corpo de Bombeiros e a recomendação é que a praia está inapropriada para o banho. Atendendo essas recomendações, eu assino um decreto que será publicado ainda hoje não permitindo o uso da praia para banhistas por 90 dias”, explicou Almeida.
Durante a interdição, o banho no rio fica proibido, e placas de orientação da interdição estão sendo instaladas para ampla informação aos frequentadores do espaço.
Outra decisão anunciada pelo prefeito David Almeida é o fornecimento de água potável, em parceria com a concessionária Águas de Manaus, para comunidades ribeirinhas. Além disso, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semasc), a gestão municipal também irá realizar a distribuição de cestas básicas, beneficiando aproximadamente 6,8 mil pessoas.
“Estamos falando de 6,5 mil a 6,8 mil pessoas. Esse trabalho não se dá somente hoje. Esse alimento vai acabar. Acredito que, provavelmente, a gente vai fazer de 15 em 15 dias ou de 30 em 30 dias, dependendo das condições dessa estiagem, dessa seca severa. Além disso, vamos iniciar a perfuração dos poços nas comunidades, para que essa população tenha água potável à disposição”, enfatizou o prefeito.
Para realizar essa distribuição, a Prefeitura de Manaus utilizará as lanchas das Secretaria Municipal de Educação (Semed) e de Saúde (Semsa), além de balsas pequenas que ainda conseguem navegar pelos rios da região.