Cremerj suspende registro de anestesista e ele é impedido de exercer medicina

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, está impedido de exercer a medicina em todo o país. A suspensão, aprovada pelo Cremerj, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, é provisória, mas pode se transformar em definitiva, após a análise do processo ético-profissional já instaurado na entidade de classe.

O anestesista foi preso em flagrante por estupro de uma grávida durante o parto, no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense, no último domingo. Depois da audiência de custódia, nessa terça-feira, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e o anestesista acabou sendo transferido da Casa de Custódia, em Benfica, na zona norte carioca, para o presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste.

O presidente do Cremerj, Clóvis Munhoz, informou que, ainda hoje, um representante do Conselho vai pessoalmente ao presídio, entregar o documento para que Giovanni faça sua defesa.

Ainda segundo Munhoz, a suspensão provisória do registro profissional do anestesista é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica. Mais uma vez, o presidente do Cremerj demonstrou sua indignação em relação ao caso, lembrando que em mais de 40 anos de profissão não tinha visto nada parecido, apesar de o Conselho já ter recebido várias denúncias de estupro em unidades hospitalares.

A Polícia civil segue investigando o caso e ouvindo funcionários, médicos, enfermeiros e outros profissionais que tenham trabalhado com o anestesista.

Além do caso flagrado em vídeo no centro cirúrgico, Giovanni Quintella Bezerra também está sendo investigado por possíveis outros crimes semelhantes.

A reportagem da Rádio Nacional não conseguiu localizar a defesa do médico.

As informações são da Agência Brasil.