Candidato do PL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi o primeiro entrevistado do Jornal Nacional, da TV Globo, nesta segunda-feira (22).
A série de entrevistas terá ainda: Ciro Gomes (PDT), na terça (23); Lula, na quinta (25); e Simone Tebet, na sexta (26).
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Jair Bolsonaro. Uma delas foi ao ser questionados sobre o caso dos cilindros de oxigênio que faltaram em Manaus em janeiro de 2021, Bolsonaro deu uma declaração falsa.
“Em menos de 48 horas cilindros [de oxigênio] começaram a chegar em Manaus.”
Fake. A principal fornecedora de oxigênio para o Amazonas, a empresa White Martins, comunicou ao Ministério da Saúde a dificuldade de produção do insumo em 8 de janeiro de 2021, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR).
A crise da falta do insumo eclodiu quase uma semana depois, nos dias 14 e 15. A capacidade de três fornecedores da região era de 28,2 mil metros cúbicos diários. Mas a demanda chegou a 76,5 mil metros cúbicos em 14 de janeiro.
De fato, na madrugada do dia 15, aviões carregados com cilindros de oxigênio chegaram ao estado. Mas eles não foram encaminhados pelo governo federal e, sim, por São Paulo e por uma empresa fornecedora. O então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, naquele dia, que o governo não tinha capacidade para transportar cilindros por conta própria.
Ainda segundo a PGR, desde 6 de janeiro havia a recomendação de transferência dos pacientes graves para outros estados, o que só ocorreu dez dias mais tarde. A operação, responsável pela transferência de mais de 500 pacientes, se estendeu até 10 de fevereiro.
À época, artistas fizeram campanha para mandar cilindros de oxigênio aos hospitais do Amazonas. O governo da Venezuela também doou oxigênio a Manaus. Os mais de 100 mil metros cúbicos chegaram quatro dias depois de a crise eclodir.
Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro se defendeu e disse que “não é competência” e “nem atribuição” do governo federal levar oxigênio para o Amazonas, e que não houve omissão diante da crise.
Com informações do G1.