Arthur Lira não acatará superpedido de impeachment contra Bolsonaro e ironiza CPI

O presidente da Câmara dos Deputados, Athur Lira (PP-AL) afirmou em entrevista nesta quarta-feira (30) que não vai acatar, pelo menos por enquanto, o superpedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), protocolado nesta tarde. Na Câmara, já haviam sido protocolodos outros 120 pedidos, ainda na presidência de Rodrigo Maia, que não encontraram base para prosseguir.

“Não será feito agora, né. Tem que esperar. O que houve nesse superpedido? Uma compilação de tudo o que já existia nos outros e esses depoimentos, quem tem que apurar é a CPI. É para isso que ela existe. Então, ao final dela a gente se posiciona aqui, porque na realidade impeachment, como ação política, a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade”, disse Arthur Lira.

Lira que sempre foi contra a instalação de uma CPI nesse período de pandemia, ironizou o esforço feito pelos sete senadores de oposição para investigar o governo Bolsonaro. “Vou esperar a CPI, está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial”, disse, com ironia.

O documento possui 47 assinaturas, 271 páginas e acusa o presidente Bolsonaro de ter cometido 23 crimes, desde o início de seu mandato. Assinam o documento, políticos e entidades de diferentes vertentes políticas, tanto de oposição, de centro, como ex-bolsonaristas, Joice Hasselmann e Alexandre Frota. Destaque também para o deputado federal do MBL, Kim Kataguiri.

No entanto, pelo menos uma das assinaturas supostamente foi falsificada, do presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta. Pelo Twitter, o Rui alertou que não havia assinado o documento, mas mesmo assim seu nome constava no superdido de impeachment.

“Acabo de saber que meu nome aparece no super pedido de impeachment junto a delinquentes políticos e fascistas como K. Kataguiri, J. Hasselmann e A. Frota. Trata-se de um equívoco (quero crer bem intencionado). Não assinei e não assino nem como presidente do PCO nem em nome próprio”, escreveu Pimenta.

 

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