Amazonense é premiada pelo governo britânico por trabalho humanitário com refugiados

A ativista de direitos humanos manauara Raquely Portela Malveira, 25 anos, recebeu o mais alto reconhecimento que um jovem pode obter por suas ações sociais e trabalho humanitário: o Prêmio Diana, destinado a pessoas excepcionais (entre 9 e 25 anos) que estão criando mudanças sociais positivas no mundo.

Um mês após se tornar advogada, co-fundou a Comissão dos Direitos de Refugiados e Imigrantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB/AM).

Dois anos e meio depois, a comissão atualmente formada por onze advogadas e advogados e presidida voluntariamente por Raquely, já alcançou mais de 2.700 refugiados e imigrantes no Amazonas através de orientação jurídica gratuita, palestras sobre legislação brasileira e oferecimento de cursos de língua portuguesa.

A comissão também auxilia na revalidação de diplomas, além de realizar ações sociais como doações de comida, roupa, álcool em gel e máscaras no combate à Covid-19.

Para a advogada o prêmio representa o reconhecimento de uma luta diária de todos os colegas da comissão e de milhares de jovens ao redor do mundo que se dedicam em promover os direitos humanos de pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Fico lisonjeada com o reconhecimento, principalmente por tudo o que esse prêmio representa. A Princesa Diana sempre foi uma inspiração para mim pelo seu altruísmo, carisma e humildade. E assim como ela, também acredito que os jovens têm o poder de transformar o mundo. Por isso, me sinto honrada pela confiança em mim depositada de levar o seu legado adiante. Espero poder inspirar outros jovens a serem parte da solução e protagonistas de suas próprias histórias”, destacou Raquely Malveira.

Sobre o Prêmio

A cerimônia, que normalmente acontece de maneira presencial, no Reino Unido (Londres), devido a pandemia foi realizada virtualmente na última segunda-feira, 28.

O Prêmio Diana foi criado em 1999 pelo governo britânico, com o objetivo de continuar o legado da Princesa Diana, estabelecendo uma maneira formal de reconhecer os jovens que estavam indo além do esperado em suas comunidades locais. Em 2006, tornaram-se uma instituição de caridade independente, e contam com o apoio de William e Harry, o Duque de Cambridge e o Duque de Sussex.

Os vencedores do prêmio são nomeados por pessoas que conhecem os jovens profissionalmente e reconhecem seus esforços como uma contribuição positiva para a sociedade. Através de um rigoroso processo de nomeação, deve-se demonstrar o impacto do nomeado em cinco áreas-chave: Visão, Impacto Social, Inspirando Outros, Liderança Jovem e Jornada de Serviço a Comunidade.

Foto na Youth Assembly, na sede da ONU, em Nova York. Foto: Arquivo Pessoal

 

Com informações da OAB-AM