Agressor de procuradora foi solto por não haver flagrante

O homem que agrediu a procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros, que atua em Registro, no interior de São Paulo, disse à polícia que sofria assédio moral no local de trabalho. Demétrius Oliveira Macedo, também procurador, foi ouvido pela Policia Civil e liberado na sequência, uma vez que o delegado responsável pelo caso considerou que “não havia uma situação de flagrante”.

A ação foi filmada por outra funcionária e mostra o procurador desferindo socos e chutando a colega.

“Eu entendi que não havia uma situação de flagrante, e sim um fato criminoso. É claro que deveria ser devidamente apurado. Por isso, fizemos o registro da ocorrência e tomamos todas as diligências cabíveis na ocasião”, explicou o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro.

Segundo Gregório, o agressor disse em depoimento sofrer assédio moral no local de trabalho. “Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral”, disse o delegado em entrevista à TV Tribuna.

Entenda o caso
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, é a procuradora-chefe do agressor Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, também procurador. A situação aconteceu na tarde da última segunda-feira (20), por volta das 16h50, na Prefeitura de Registro (SP).

A ação foi filmada por outra funcionária e mostra que o procurador desferindo socos e chutando a colega.

A agressão teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o procurador por conta de sua postura no ambiente de trabalho.

O agressor chegou a ser conduzido ao 1º Distrito Policial (DP) do município, mas foi liberado após um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso ser registrado.

O que diz a prefeitura
A administração municipal, por meio de nota, manifestou “mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo Procurador Municipal contra a servidora municipal mulher que exerce a função de Procuradora Geral do Município. Que a vítima e sua família recebam toda nossa solidariedade, apoio e cada palavra de conforto e acolhimento”.

A prefeitura acrescentou que está tomando as providências necessárias e já determinou de imediato que o agressor seja suspenso, nos termos do art. 179, c/c inc. III do art. 180, ambos da Lei Complementar nº 034/2008 – Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Registro, com prejuízo de seus vencimentos, a partir de 21 de junho.

As informações são do G1