Operação da PF investiga desvio de cotas parlamentares: STF deflagra mandados que miram deputado e empresa de aluguel de carros


Uma ação da Polícia Federal, batizada de Galho Fraco, foi deflagrada para aprofundar as investigações sobre o possível desvio de recursos públicos oriundos das cotas parlamentares. A operação cumpre sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. Entre os alvos está o deputado Carlos Jordy, do PL, que utilizou as redes sociais para comentar o desdobramento.


Segundo a PF, a investigação é um desdobramento de apurações iniciadas em dezembro de 2024 e visa crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As diligências indicam a atuação coordenada de políticos, servidores comissionados e terceiros para desviar recursos públicos e ocultar pagamentos por meio de uma empresa ligada ao aluguel de veículos, objeto de investigações anteriores.


O deputado Carlos Jordy afirmou, em rede social, que a operação representa mais uma etapa de uma perseguição. Ele mencionou que a ação coincidiu com o aniversário de sua filha e afirmou que a empresa de locação de carros mencionada pela investigação já prestava serviços desde o início de seu primeiro mandato; ele ainda citou que outro colega do PL, Sóstenes Cavalcante, também recorreria à mesma empresa desde o início de seu mandato, segundo a própria narrativa dele.

Quem está no centro das investigações e quais são os possíveis impactos

As cotas parlamentares consistem em verbas destinadas ao custeio de atividades de gabinete, com regras de fiscalização para evitar desvios. A definição de que houve irregularidades envolve entender como esses recursos foram direcionados, quem os autorizou e como foram ocultos. Caso se comprove responsabilidade, o episódio pode ampliar a cobrança por maior transparência e supervisão do uso dessas verbas, além de abrir caminho para ações judiciais contra os envolvidos.

Desdobramentos e próximos passos da apuração

A PF continua com diligências e coleta de relatos, documentos e informações complementares para esclarecer o conjunto de fatos. O STF — bem como o Ministério Público e a Câmara — acompanham o andamento das investigações, que podem resultar em bloqueios de bens, indiciamentos ou outras medidas cabíveis à luz das evidências reunidas.

Com informações da Agência Brasil.