Serviço da Sejusc transforma vidas com retificação de nome e gênero: ‘O valor disso não tem preço’

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Foto: Ygson França/Sejusc

Em 2024, 28 pessoas trans tiveram a oportunidade de solicitar a retificação de nome e gênero por meio de um serviço essencial oferecido pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc). Mais do que um ato burocrático, a retificação representa um marco de afirmação e reconhecimento da identidade de gênero.


Um ato de afirmação e dignidade

Para Melissa Renatha, estudante e estagiária da Sejusc, a retificação foi muito mais do que uma documentação. “Significa uma afirmação de quem realmente sou. É recompensante ver, ali, o seu nome, um nome tão importante que, muitas vezes, nos é negado”, contou.


Melissa foi uma das pessoas atendidas durante as forças-tarefas de cidadania promovidas pela secretaria. O processo, realizado em uma unidade do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), contou com o suporte de uma equipe capacitada e acolhedora. “Fui superbem atendida e tratada. Foi rápido e muito gratificante”, destacou.

Como funciona o processo

A retificação de nome e gênero no registro de nascimento é viabilizada por um trabalho integrado da Sejusc, envolvendo as secretarias executivas de Cidadania (Secid) e Direitos Humanos (SEDH) e a Gerência de Diversidade e Gênero (GDG).

Os documentos necessários para iniciar o processo incluem:

  • Certidão de nascimento ou casamento atualizada;
  • Documentos de identidade (RG, passaporte ou carteira de identidade social);
  • CPF;
  • Título de eleitor;
  • Comprovante de residência;
  • Certidões judiciais e administrativas dos últimos cinco anos.

Para pessoas em situação de vulnerabilidade, a Sejusc emite uma declaração de hipossuficiência, garantindo isenção de taxas e acesso gratuito à nova certidão de nascimento.

O processo administrativo costuma levar entre 30 e 60 dias para ser concluído, após a emissão da certidão de nascimento atualizada, que é feita em 7 a 15 dias úteis.

Expansão e metas para 2025

Com o sucesso das iniciativas em 2024, a Sejusc planeja ampliar o atendimento em 2025, por meio de mutirões em diferentes regiões de Manaus. O objetivo é descentralizar o serviço, alcançando mais pessoas LGBTQIAPN+ e promovendo inclusão e cidadania de forma abrangente.

Paulo Rogério, gerente de Diversidade e Gênero da Sejusc, reforça o compromisso da pasta. “Essas ações têm como objetivo facilitar o acesso da população LGBTQIAPN+ ao serviço de retificação de prenome e gênero, promovendo cidadania e inclusão de forma mais abrangente e descentralizada”, disse.

Um novo capítulo

Para muitas pessoas, como Melissa, a retificação vai além de um documento. “É, de uma vez por todas, uma afirmação de que vencemos, e não estou falando como nome social e, sim, oficial. O valor disso não tem preço, é quem somos”, concluiu.

O serviço é oferecido nas unidades do PAC em Manaus e, no interior, com apoio do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Para mais informações, procure a Sejusc e comece a transformar seu futuro hoje mesmo.

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