
Em meio a um momento decisivo para a diplomacia de fim de conflito na Ucrância, Zelensky chegou à Flórida para uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Palm Beach. O objetivo é avançar um acordo de paz que encerre quase quatro anos de guerra, num cenário de ataques russos que persistem sobre Kiev e outras regiões do país. O encontro, marcado para as 15h no horário de Brasília, ocorre no auge de uma temporada diplomática que envolve negociações diretas e propostas de mecanismos de segurança e cooperação econômica entre as duas nações.
Contexto estratégico para o encontro
Analistas veem o encontro como etapa central de uma ofensiva diplomática que busca consolidar um conjunto de compromissos. O rascunho de 20 pontos que tem sido discutido entre negociadores indica a intenção de oferecer garantias de segurança à Ucrânia sem uma adesão imediata à OTAN e de estabelecer salvaguardas para a integridade territorial, especialmente em Donbas. Entre os temas em pauta estão ainda a segurança nuclear na usina de Zaporizhzhia e o papel de organismos internacionais na supervisão de acordos. A Ucrânia sinaliza disposição para concessões, desde que haja garantias claras de proteção internacional e condições estáveis para a reconstrução econômica.
O que está em jogo para Kiev e Washington
O principal objetivo é equilibrar a proteção da soberania ucraniana com passos que possam impedir nova escalada de violência. A proposta centra-se em uma zona desmilitarizada ou de recuo mútuo em Donbas, mecanismos de supervisão internacional e garantias de segurança que se aproximem das concedidas a aliados da OTAN, sem a adesão formal imediata da Ucrânia. Além disso, há um componente econômico relevante, com perspectivas de investimentos para a reconstrução e acordos bilaterais que facilitem a cooperação entre as duas nações. Zelensky afirmou publicamente a determinação de encerrar a guerra, enquanto Trump sinaliza otimismo sobre margens de acordo que possam surgir na conversa.
Desafios e próximos passos
Apesar do otimismo, o caminho não é simples. Moscou tem posição firme sobre o controle de Donbas e sobre o que pode ser aceito pela Ucrânia, e a credibilidade de garantias de segurança depende de consenso político em ambas as capitais. Caso as negociações avancem, a assinatura de documentos formais ainda neste fim de ano pode ocorrer; caso contrário, o diálogo tende a se estender, com impactos diretos nas finanças, no comércio e na percepção de viabilidade de um acordo de paz rápido.
Impactos no cenário global
O desfecho da reunião de Mar-a-Lago pode influenciar o ritmo da reconstrução ucraniana, a direção de sanções internacionais e a disposição de parceiros ocidentais em apoiar a Ucrânia. Um acordo claro tenderia a acalmar mercados, facilitar investimentos e acelerar iniciativas de cooperação econômica, enquanto um impasse manteria a incerteza e potencial instabilidade regional.





