
O governador Wilson Lima apresentou, nesta terça-feira (16), o primeiro modelo de moradia sustentável produzido a partir de resíduos plásticos reciclados e inaugurou o Centro de Reciclagem da Defesa Civil do Amazonas, em Manaus. A iniciativa integra o Projeto Amazonas Ecolar, que transforma material plástico em blocos construtivos para habitação e outras estruturas, unindo proteção social, preservação ambiental e inovação.
De acordo com o governador Wilson Lima, mais do que a entrega de uma estrutura física, o lançamento é uma solução habitacional inédita no país, capaz de atender famílias que vivem em áreas de risco e, ao mesmo tempo, reduzir a poluição plástica nos rios e igarapés da região.

“O que nós estamos trazendo aqui não é apenas uma estrutura. É uma solução. Uma ideia que cuida das pessoas, protege o meio ambiente e pode ser replicada em outros estados. Estamos mostrando que é possível enfrentar dois grandes desafios ao mesmo tempo: a habitação e a destinação correta dos resíduos (plásticos)”, destacou Wilson Lima.
As ações do Projeto Amazonas Ecolar e do Centro de Reciclagem foram apresentadas pelo governador Wilson Lima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reforçando o protagonismo do Amazonas no debate internacional sobre sustentabilidade, inovação ambiental e adaptação climática.

Estrutura
As unidades habitacionais são produzidas com blocos feitos a partir de plástico reciclado e possuem cerca de 50 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. O método construtivo permite montagem rápida, com conclusão em até cinco dias, além de alta resistência, durabilidade e conforto térmico, características adequadas ao clima amazônico.
Além das moradias, o material produzido no Centro de Reciclagem possibilitará a construção de outras estruturas públicas, como escolas, centros comunitários, postos de fiscalização e equipamentos de apoio, ampliando o alcance social da tecnologia aplicada no projeto.

O Centro de Reciclagem da Defesa Civil do Amazonas terá capacidade inicial para processar mais de 80 toneladas de plástico por mês, volume suficiente para a produção de até dez casas mensais. Todo o material reciclável será adquirido de cooperativas e associações de catadores, fortalecendo a geração de renda e a inclusão social desses profissionais.
O projeto terá início com a construção de 25 unidades habitacionais no município de Iranduba, como projeto piloto, com previsão de entrega até março do próximo ano. A partir dessa etapa, o modelo poderá ser ampliado para outras localidades da capital e do interior.

Amazonas ECOLar
A tecnologia utilizada no Amazonas Ecolar é baseada em solução desenvolvida pela empresa colombiana Conceptos Plásticos, referência internacional no setor. O investimento total no projeto, incluindo transferência de tecnologia e aquisição de maquinário, é estimado em R$ 11 milhões.
O impacto social da iniciativa também está diretamente ligado ao fortalecimento da cadeia da reciclagem. Segundo o superintendente do Instituto do Clima e Meio Ambiente (ICMA), Pablo Oliveira, o projeto cria uma nova dinâmica econômica para os catadores.

Antes do projeto, grande parte do plástico coletado no Amazonas precisava ser enviada para outros estados para reciclagem, gerando altos custos logísticos e impactos ambientais. Com o Centro de Reciclagem, todo o ciclo da economia circular passa a ser realizado no próprio estado, reduzindo despesas e ampliando os benefícios sociais e ambientais.
Participaram da solenidade representantes da Defesa Civil de São Paulo e de Rondônia; os deputados estaduais Cabo Maciel, Professora Jacqueline e Alessandra Campelo; os vereadores Rodrigo de Sá, Saimon Bessa e Allan Campelo; representantes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio-AM), da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), da Receita Federal do Brasil, além de representantes de cooperativas de catadores e outras autoridades.
Com informações da assessoria





