Atualmente Manaus enfrenta as consequências de desastres naturais que devastaram comunidades e colocaram famílias em risco, a prioridade da gestão municipal parece estar em outro lugar. O prefeito David Almeida (Avante) e o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Jender Lobato, irmão do vereador Jander Lobato (PSD), focam na renovação de contratos milionários para festas, mesmo diante de uma cidade que clama por soluções emergenciais.
De acordo com o Diário Oficial do Município (DOM), publicado na última sexta-feira (24), Jender Lobato renovou contratos com seis empresas que prestarão serviços para a Manauscult. No total, esses contratos somam mais de R$ 23,6 milhões, comprometendo um valor significativo dos cofres públicos em meio a um cenário crítico para a população.
As empresas beneficiadas incluem:
Um ponto que chama atenção é que algumas dessas empresas estão sob investigação por suspeitas de irregularidades em contratos anteriores, de acordo com o Ministério Público de Contas (MPC) e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). Mesmo assim, tiveram seus contratos renovados ou aditivados pela Manauscult sem restrições, levantando questionamentos sobre a transparência e a lisura no uso dos recursos públicos.
O momento crítico de Manaus, marcado por alagamentos e deslizamentos de terra que afetam diretamente a vida de milhares de moradores, contrasta com a escolha de direcionar milhões para eventos. Famílias atingidas por desastres ainda aguardam ações concretas da prefeitura, como assistência emergencial, obras de infraestrutura e medidas preventivas para evitar tragédias futuras.
Com um orçamento de R$ 110,4 milhões previsto para 2025, a Manauscult reforça uma gestão voltada mais para festas e eventos do que para a resolução de problemas urgentes que impactam a população.
Enquanto a cidade enfrenta crises graves, a renovação desses contratos milionários levanta uma questão inevitável: será que os R$ 23,6 milhões não seriam mais bem empregados em ações para garantir segurança e qualidade de vida aos cidadãos? A destinação desses recursos reforça a desconexão entre as prioridades da gestão municipal e as reais necessidades da população.
No fim, fica claro que a administração pública tem preferido os holofotes de grandes eventos ao invés de atender aos clamores de uma cidade que carece do básico. Em tempos de crise, salvar vidas deveria estar acima de promover festas.
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