A pequena Aysha Isadora de Almeida Gomes, de 1 ano e 3 meses, recebeu alta médica, na terça-feira (3), após ser submetida a uma cirurgia inédita, no Hospital Francisca Mendes. No dia 26 de maio, a criança, que sofria de cardiopatia congênita, passou por uma cirurgia do coração, no Amazonas, enquanto uma equipe de médicos especialistas do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, fazia o telemonitoramento, a mais de 3 mil quilômetros de distância.

Aysha nasceu prematura, com 32 semanas, e foi diagnosticada ainda na maternidade com uma cardiopatia congênita — comunicação interventricular perimembranosa com repercussão hemodinâmica — que compromete seu desenvolvimento e qualidade de vida.

Para a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a cirurgia de Aysha é uma vitória para a saúde pública do Amazonas e para o SUS. É, também, a concretização do compromisso do governador Wilson Lima, que investiu no hospital, preparando a unidade para esse momento histórico.

De acordo com a equipe médica, a evolução pós-operatória da paciente foi considerada excelente. Nos primeiros dias, Aysha permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, sob monitoramento constante. Em seguida, foi transferida para a enfermaria, onde continuou o processo de recuperação, até receber alta com o quadro estabilizado e sinais vitais normais.

A mãe de Aysha, Larissa Izabelle Oliveira de Almeida, emocionada, agradeceu o empenho de todos os profissionais que acompanharam a filha desde o nascimento. “Foram meses de muita luta e esperança. Só tenho a agradecer a Deus e a toda a equipe do Hospital Francisca Mendes, que sempre nos acolheu e cuidou da minha filha com muito amor e competência”, afirmou.

A cirurgia faz parte do projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Centros de Atendimento a Cardiopatas Congênitos, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o HCor, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). O Amazonas é, atualmente, o único estado da Região Norte a integrar a iniciativa, que visa descentralizar o atendimento e garantir que crianças com cardiopatias congênitas tenham acesso a procedimentos complexos perto de suas casas.

A diretora do Hospital Francisca Mendes, Roberta Nascimento, também ressaltou a importância do projeto implantado no Amazonas, que é pioneiro no país no tratamento de cardiopatias congênitas com telemonitoramento.

“A FHCFM já atua há 15 anos no atendimento ambulatorial e cirúrgico de crianças cardiopatas e, há 10 meses, integra o projeto Congênitos do Proadi-SUS, do Ministério da Saúde, que envolve capacitação, atualização, troca de informações e networking com a equipe do Hospital HCor. Nossa linha de cuidado é completa, desde o pré-natal até a cirurgia de alta complexidade, com teleconsulta, diagnóstico, telelaudo e telemonitoramento da assistência”, relatou.

Desde 2023, ela observa, a fila de espera para cirurgias pediátricas foi zerada, com a unidade conseguindo oferecer uma assistência cada vez mais qualificada. “A escolha do nosso hospital pelo Ministério da Saúde, entre 18 estados, destaca a potência da nossa equipe e o alcance do tratamento que oferece”, ressaltou.

Os investimentos na estrutura do Hospital Francisca Mendes proporcionaram os resultados alcançados, consolidando a unidade como referência no tratamento de cardiopatias na região amazônica.

Com informações da assessoria