Uma mulher foi arrancada pelos cabelos de dentro do carro por um motorista de aplicativo da empresa 99, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O caso foi registrado na última quarta-feira (20) e o boletim de ocorrência foi registrado nesta sexta-feira (22).
A vítima é a professora Dayane Padilha, de 33. No boletim de ocorrência, ela relata que o motorista da empresa 99 se recusou a levá-la até o destino solicitado, uma aldeia indígena.
Em nota, a empresa 99 lamentou profundamente o episódio e disse que tão logo tomou conhecimento do caso, bloqueou o perfil do motorista e mobilizou uma equipe para oferecer acolhimento à vítima.
“Esclarecemos que temos uma política de tolerância zero em relação a qualquer tipo de discriminação e violência e repudiamos veementemente o caso […] A plataforma está disponível para colaborar com as investigações das autoridades locais”, reforçou a empresa.
O motivo da recusa teria sido o fato de a rua não ser asfaltada, o que, alegou o motorista, poderia estragar o carro dele.
A professora relata que ele pediu que ela desembarcasse no meio do caminho, o que evoluiu para uma discussão. À polícia, ela disse ter sido chamada de “índia piranha” e “pé de barro”.
Ela passou a filmar o que estava acontecendo e o motorista, diz a passageira, tentou acertar um soco nela e deu um murro na cabeça. De acordo com ela, o motorista a tirou do carro pelos cabelos.
A professora procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para realizar exames e também vai marcar um exame de corpo de delito.
A RPC conversou com a vítima nesta sexta-feira (22) e ela disse ter ressaltado ao motorista ser obrigação dele levá-la até o destino informado no aplicativo.
“Ele disse então que ia voltar para onde ele me pegou. Durante esse trajeto de volta ele começou a me xingar, começou a me ofender. Eu acredito que teve uma dose de motivação racista, sim, por conta das ofensas que ele profere, de falar que não vai levar ninguém a aldeia indígena, começou a me chamar de ‘pé de barro’, mas acho que o surto dele de violência foi porque ele percebeu que eu tava gravando”, conta. Com informações do G1.
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