Venezuela solicita reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para debater escalada com os EUA e bloqueio naval


A Venezuela pediu formalmente ao Conselho de Segurança da ONU que convoque uma reunião para discutir a escalada entre Caracas e Washington, acentuada pela ordem dos Estados Unidos de impor um bloqueio naval a petroleiros sancionados que operam no litoral venezuelano. Um diplomata da ONU disse que a sessão deve ocorrer na próxima terça-feira (23), com o objetivo de avaliar impactos políticos, econômicos e humanitários da crise.


Desdobramentos diplomáticos e tensões regionais

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma desescalada imediata das tensões entre Venezuela e EUA, apelando à moderação de ambas as partes diante do acirramento das sanções e provocações.


No cenário internacional, Moscou e Pequim expressaram apoio ao governo de Nicolás Maduro. O governo russo alertou que o atrito na região pode ter consequências imprevisíveis para o Ocidente, enquanto a China afirmou se opor a qualquer forma de pressão unilateral sobre a Venezuela.

No âmbito regional, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, pediu à ONU que evite o derramamento de sangue e se colocou como mediadora potencial entre Washington e Caracas. A Alemanha também sinalizou interesse em atuar para evitar uma piora da situação na América Latina.

Entre os discursos públicos, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a Venezuela de roubar petróleo e terras e anunciou um bloqueio total de navios petroleiros sancionados que entrem ou saiam do país. Segundo veículos, pelo menos 18 embarcações sancionadas estavam no espaço marítimo venezuelano no momento.

Este texto está em atualização conforme novas informações oficiais forem surgindo e os movimentos diplomáticos se repetem.