O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse nesta 2ª feira (11.jan.2021) que tomará a vacina contra a covid-19 assim que for disponibilizada, sem “furar a fila”. Diagnosticado com a doença em 27 de dezembro de 2020, o político ficou duas semanas em isolamento e retornou hoje ao gabinete, no Palácio do Planalto.
“[Pretendo ser vacinado] dentro da minha vez. Sou o grupo 2 de acordo com o planejamento. Não vou furar a fila, a não ser que seja propagandística”, disse ao chegar ao trabalho na manhã desta 2ª feira.
“A vacina é para o país como um todo. É uma questão coletiva, não é individual. O indivíduo está subordinado ao coletivo nesse caso”, disse.
Na entrevista a jornalistas, Mourão afirmou que teve 3 dias de sintomas “mais pesados” e que, posteriormente, fez tratamento prescrito pela equipe médica com medicamentos como a hidroxicloroquina, remédio que, até o momento, não obteve eficácia comprovada cientificamente.
“Eu tive 3 dias ali que realmente os sintomas foram mais pesados e depois eu tomei a medição que é preconizada e, a partir do 5º, 6º dia, eu estava bem”, disse.
Perguntado, o vice-presidente disse que a marca de 200 mil mortos pela covid-19 no Brasil é elevada, mas afirmou que o trabalho dos médicos tem sido “muito bom”.
“A nossa medicina está salvando mais de 97% das pessoas que são contaminadas. Infelizmente tem esse número elevado. Eu agora, nesses dias, perdi 2 amigos de longa data para essa doença. Mas, a nossa medicina tem feito um papel muito bom”, declarou.
Mourão minimizou os conflitos entre os governos federal e de São Paulo sobre o início da vacinação. O governador do Estado, João Doria (PSDB), anunciou que pretende iniciar o plano de imunização local em 25 de janeiro. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o Brasil está pronto para começar a vacinação contra a covid-19 também em janeiro, mas evitou cravar uma data exata para o início do processo.
“Desde o ano passado, falei para vocês que o governo iria adquirir toda e qualquer vacina que fosse certificada pela Anvisa. Ficou aquela discussão e, no final das contas, estão sendo adquiridas as vacinas que serão certificadas”, disse o vice-presidente.
As informações são do Poder360