O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), apague publicaçõs no twitter de notícias falsas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do UOL.
As publicações associavam Lula à família de Adélio Bispo, que esfaqueou Bolsonaro na campanha presidencial de 2018. Além disso, também dizia que, se eleito, Lula iria proibir o trabalho de motoboys e motoristas de aplicativos, como iFood e Uber.
Em 16 de maio, Eduardo Bolsonaro compartilhou uma notícia da Revista Oeste, no Twitter, dizendo que Lula iria “acabar com os empregos de motoboys no Uber, iFood e apps similares”.
A fake news tomou como base uma declaração de Lula com críticas ao traballho de entregador por aplicativo, pela baixa remuneração e ausência de direitos trabalhistas.
“Nosso povo vai voltar a trabalhar, voltar a ter carteira de trabalho assinada. Se quiser ser empreendedor, vai ganhar crédito para montar seu negócio. Esse país não quer eternizar empregos de aplicativos que as pessoas não conhecem o patrão, não tem direito a férias”, disse Lula à Rádio Passos FM, em fevereiro deste ano.
Para a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do TSE, houve uma grave descontextualização da fala do ex-presidente Lula: “Jamais houve qualquer afirmação no sentido de ‘encerramento’ dessas funções ou de proibição do trabalho por aplicativo, mas, apenas, a intenção de revestir tais postos de trabalho de mais direitos e garantias.”
A ministra também determinou que as redes sociais Twitter, Facebook, Gettr e Kwai apaguem publicações falsas que afirmam que o ex-presidente Lula tem uma foto ao lado do irmão de Adélio Bispo. O conteúdo foi compartilhado em perfis bolsonaristas.