Trump amplia veto de viagem aos EUA e inclui Burkina Faso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria; Palestina também é afetada


A Casa Branca anunciou uma ampliação das restrições de entrada nos Estados Unidos que proibirá cidadãos de cinco países adicionais de visitar o país sem visto válido, ao mesmo tempo em que impõe barreiras mais rígidas para dezenas de outros Estados. A medida, adotada em meio a preocupações de segurança e pouco após a prisão de um suspeito relacionado a um ataque em Washington, promete afetar viagens, processos consulares e relações com governos africanos e do Oriente Médio.


O que muda

Passam a constar da proibição total de entrada: Burkina Faso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria. Além disso, o governo determinou restrição completa a titulares de documentos de viagem emitidos pela Autoridade Palestina. Outros 15 países foram deslocados para um grupo com limitações parciais — entre eles Nigéria, Costa do Marfim, Senegal, Zâmbia e Tanzânia —, o que pode significar exigências extras no processamento de vistos e entradas.


Motivos apontados pela administração

Segundo o governo, a ampliação atende à necessidade de evitar a entrada de viajantes sobre os quais os Estados Unidos têm informações insuficientes. A justificativa inclui problemas como documentos civis de procedência duvidosa, corrupção que dificulta verificações, altas taxas de permanência irregular e falta de cooperação para aceitar deportados. A Casa Branca também relacionou fatores de instabilidade e fragilidade administrativa em alguns países à decisão.

Contexto e precedentes

Em junho, herdando a ofensiva migratória do primeiro mandato, o governo já havia estabelecido proibições totais para um grupo de países e restrições mais rígidas para outros. A mudança atual amplia esse arcabouço e reflete uma continuidade na política de endurecimento de fronteiras adotada pela administração.

Impactos esperados

Na prática, a decisão deve provocar atrasos e recusas em pedidos de visto, reduzir o fluxo de visitantes dessas nações e complicar viagens de negócios, estudos e reunificação familiar. Organizações humanitárias e especialistas em imigração costumam alertar que medidas amplas de veto podem dificultar o acesso a mecanismos de proteção para refugiados e solicitantes de asilo, além de tensionar relações diplomáticas com países afetados.

O Brasil não foi incluído nas novas restrições e, segundo autoridades americanas, permanece fora da lista. Autoridades dos países atingidos ainda não se manifestaram de forma unificada sobre o impacto imediato das medidas.

Esta reportagem será atualizada conforme novos detalhes e posicionamentos oficiais sejam divulgados.