
O tema da tensão entre EUA e Irã voltou a ganhar destaque após declarações do presidente Trump durante visita ao estado da Flórida, onde recebeu o premier de Israel, Benjamin Netanyahu. Segundo apuração, ele avisou que, se o Irã retomar o programa de enriquecimento de urânio, os EUA responderão com força. A fala ocorre em um momento em que Washington já havia atacado instalações nucleares iranianas em junho, em uma operação que Israel descreveu como resposta a uma ameaça existencial do país persa.
Contexto político e histórico recente
O episódio de junho envolveu ataques norte-americanos a três instalações ligadas ao programa nuclear do Irã, parte de uma ofensiva que, na época, foi apresentada como extrema contundência da coalizão liderada pelos EUA e Israel. Relatórios posteriores indicaram que o objetivo era impedir avanços que poderiam levar a uma bomba, mas uma avaliação preliminar do Pentágono apontou que o dano causado atrasaria apenas temporariamente o programa. Em novembro, o ministro das Relações Exteriores do Irã afirmou que o país não está enriquecendo urânio em nenhum local.
Declarações sobre negociações e desdobramentos regionais
Trump reiterou estar aberto a negociar um acordo nuclear, sustentando que uma solução verificável continua sendo a opção mais inteligente. No entanto, deixou claro que qualquer sinal de enriquecimento contínuo ou de preparação para produzir uma arma nuclear poderá levar a novas ações, com peso significativo para aliados dos EUA. Israel não descartou novos ataques caso o Irã retome atividades nucleares, aumentando o risco de escalada diplomática na região.
Implicações para o Brasil e o cenário internacional
Especialistas apontam que a volatilidade no Oriente Médio tende a influenciar preços de energia e o equilíbrio de alianças no tabuleiro internacional, com repercussões para mercados globais, incluindo o Brasil. O desfecho das negociações permanece incerto e aumenta a ansiedade sobre novas rodadas de pressão militar, mesmo diante de sinais de abertura para o diálogo.





