Tragédia abala cenário político no Equador: candidato a presidência é assassinado

Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio é vítima de Assassinato com três Tiros na cabeça, enquanto ocupava a quinta posição nas pesquisas eleitorais

Um forte abalo atingiu o cenário político do Equador com o terrível assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do país. O trágico evento ocorreu quando Villavicencio foi alvo de três tiros fatais na cabeça, imediatamente após um comício na cidade de Quito na quarta-feira (9), como relatado pela mídia local.

Fernando Villavicencio, figura conhecida como aspirante à presidência, encontrou um fim trágico em meio à sua campanha. Após sair de um comício, ele foi alvejado de forma fatal. A triste notícia foi confirmada por seus assessores, e vídeos perturbadores, postados em seu perfil no Instagram, mostram o momento do ataque.

Testemunhas presentes no evento de campanha relataram ter ouvido disparos seguidos do triste vislumbre de Villavicencio caindo ao chão. A mídia local, incluindo o jornal “El Universo”, informou sobre o ocorrido e destacou a chocante perda para a nação.

Villavicencio, que ocupava a quinta posição nas pesquisas de intenção de voto, conforme apontado pela pesquisa recente do jornal “El Universo“, encontrava-se na corrida presidencial agendada para 20 de agosto.

O presidente em exercício, Guillermo Lasso, reagiu com determinação diante dessa tragédia. Ele expressou sua indignação por meio das redes sociais e anunciou que seu gabinete de segurança estava se mobilizando para enfrentar essa questão de maneira eficaz. Lasso enfatizou que a ação do crime organizado não ficaria impune e que a justiça seria aplicada com rigor.

Villavicencio, que anteriormente desfrutou de uma carreira como jornalista, também se envolveu ativamente na política, servindo como deputado federal entre 2021 e 2023. Durante sua trajetória, ele defendeu vigorosamente as causas sociais indígenas e dos trabalhadores, sendo reconhecido como líder sindical.

Vale destacar que sua história política não esteve livre de controvérsias. Em 2014, enquanto atuava como jornalista, ele enfrentou uma condenação de 18 meses de prisão por acusações de injúrias contra o então presidente Rafael Correa. Suas declarações alegando que Correa havia ordenado um ataque ao hospital da polícia por homens armados levaram a essa condenação.

Essa trágica morte ocorre em um contexto de crescente violência no Equador, relacionada ao narcotráfico e à política. Nos últimos anos, o país tem enfrentado desafios sérios nesse sentido, com a morte de figuras políticas importantes e ameaças direcionadas a outros candidatos e autoridades.

O Equador se prepara para um momento crucial, com eleições presidenciais e parlamentares marcadas para 20 de agosto. A dissolução da Assembleia Nacional por parte do presidente Guillermo Lasso, em meio a um cenário de crise política, evidencia a complexidade do ambiente político equatoriano. Enquanto a nação lamenta a perda de Fernando Villavicencio, as eleições se aproximam, trazendo consigo desafios e oportunidades únicas para o futuro do país.