Suspeito de matar, em 2019, dois policiais militares em Manaus vai a Júri Popular nesta quarta (14)

O tenente Joselito Pessoa, suspeito de matar dois policiais militares no dia 5 de janeiro de 2019 quando voltavam de uma comemoração, será julgado pelo Júri Popular na próxima quarta-feira (14).


A audiência está prevista para ter início às 8h30, mas a família do Sargento Edzandro Santos Louzada, uma das vítimas do crime, irá realizar um protesto antes que se inicie o Júri.


Alana Viana, sobrinha de Edzandro, pontua que os familiares aguardam que a justiça seja feita e que o suspeito não fique impune.

”Moro com a mãe do Edizandro e a sua saúde nunca mais foi a mesma desde que tiraram a vida dele. Até hoje ela sofre muito, chora muito e, mesmo sabendo que nada traz a vida do filho dela de volta, ela espera que a justiça seja feita”, disse.

Relembre o caso

Dois policiais militares foram mortos após uma discussão dentro de um carro, na madrugada do dia 5 de janeiro de 2019, em Manaus. De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs), cinco pessoas estavam no veículo: quatro policiais e um homem civil. Dois morreram e os outros dois ficaram feridos. Um tenente da Polícia Militar, que também estava no carro, foi preso em flagrante, suspeito de efetuar os disparos contra os companheiros.

O crime ocorreu por volta das 2h, na Rua Monte Horebe, no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte. O grupo retornava de uma casa de festa quando o tenente suspeito, segundo o Delegado plantonista da Dehs, Daniel Leão Lucas, atirou contra seus companheiros. Ainda de acordo com a autoridade, o homem estava “transtornado” no local do crime.

“Eles estavam em uma casa de show. logo que saíram, aconteceu isso [tiros dentro do carro]. Eles estavam muito alcoolizados. Inclusive, o autor dos disparos, só agora de manhã, está em condições de prestar depoimento. Ele estava transtornado lá no local e aqui na delegacia. Ele alega que o carro foi fechado [por um outro veículo] e que ele sacou a arma e efetuou o disparo para fora. Depois ele fala que apagou e não lembra de mais nada. Mas as vítimas sobreviventes confirmaram que o autor dos disparos foi ele”, disse o delegado.

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