Rodovias federais ainda têm 167 bloqueios ilegais, diz PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, às 6h30 desta quarta-feira (2), havia 167 bloqueios em rodovias federais do país, realizados por grupos contrários ao resultado das eleições. O total é menor que o registrado no início da manhã de terça (1º), quando eram 271 pontos de retenção.


A PRF afirma que já desfez 563 manifestações. Os grupos ocupam as rodovias ilegalmente desde domingo (30), após o anúncio do resultado da votação. Na segunda (31), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a corporação e as polícias militares estaduais tomem as medidas necessárias para desobstruir as vias.

Segundo a PRF, interdição é interrupção parcial do trânsito, já bloqueio é quando o tráfego fica totalmente impedido nas rodovias.

Impactos

Os bloqueios nas rodovias prejudicam milhões de pessoas em todo o país. Um grupo de sete passageiros, presos em uma rodovia federal entre Paraná e Santa Catarina, decidiu deixar o veículo e percorrer cerca de 13 km a pé até a cidade mais próxima.

Houve também registro de acidentes, como o que matou o empresário Osmar Alceu Wichocki, de 56 anos, na BR-364, em Cuiabá. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, chovia quando ele bateu o caminhão que dirigia na traseira de uma carreta que estava parada na manifestação. Ele ficou preso nas ferragens, não resistiu aos ferrimentos.

Por causa dos bloqueios, 25 voos que sairiam do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foram cancelados entre segunda e esta terça. A pista só foi aberta por volta das 10h. No Terminal Rodoviário do Tietê, um dos maiores da América Latina, 880 ônibus foram cancelados.

Os impactos são sentidos também na indústria. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou, para “iminente risco de desabastecimento e falta de combustíveis, caso as rodovias não sejam rapidamente desbloqueadas” e informou que “as indústrias já sentem impactos no escoamento da produção” e que “as paralisações já atingem o transporte de cargas essenciais, como equipamentos e insumos para hospitais”.

Com informações do G1.