Quatro policiais são presos suspeitos de participação de chacina em Ramal de Manaus

Na manhã desta sexta-feira (17), o Ministério Público do Amazonas deflagrou a ‘Operação Cerco Fechado’. A ação cumpre a prisão de policiais militares da Rocam por envolvimento na chacina do ‘Ramal Água Branca’, ocorrido no dia 21 de dezembro de 2022, onde quatro jovens foram executados.

De acordo com o promotor de justiça Armando Gurgel, 12 policiais da Rocam já foram presos. Agora, mas quatro. A natureza das prisões é preventiva, portanto não tem prazo fechado. As pessoas que forem presas ainda não serão julgadas, mas já são investigadas.
Ainda de acordo com o promotor, um tenente, que não terá o nome divulgado, estava de plantão e também foi preso. Os objetos que foram apreendidos durante a operação não foram mencionados pois as investigações prosseguem em caráter sigiloso.
Gurgel afirmou que não acredita que as mortes tenham sido por “policiais justiceiros” e ele acredita que haja outras motivações por trás.

“É muito difícil você acreditar naquela história, que é muito comum em filmes, do policial que ‘eu vou ali matar o bandido só porque ele é bandido, porque eu quero justiça’. Eu desconheço na vida real um fato desse que não esteja ligado a uma motivação paralela”, afirmou.

O Caso 

Em 21 de dezembro de 2022, quatro corpos foram encontrados dentro de um carro modelo Onix, no ramal Água Branca, na rodovia AM-010, zona rural de Manaus.

Nas imagens da câmera de segurança, policias aparecem revistando as vítimas antes de serem mortas e seguindo-as em um carro durante o percurso de onde foram encontrados os corpos. A partir disso, eles passaram a ser suspeitos.