Quatro homens são presos após morte de migrantes em caminhão nos EUA

Quatro homens já foram presos e acusadas de diferentes crimes após a morte de 53 migrantes dentro de um caminhão em San Antonio, no estado americano do Texas. Nesta quarta foram acusados de crimes relacionado ao tráfico de pessoas o suspeito apontado como o motorista do veículo e outro que teria atuado no transporte ilegal do grupo. Na terça, outros dois suspeitos, ambos mexicanos, haviam sido acusados em um tribunal federal de serem imigrantes ilegais na posse de armas de fogo.

Identificado pelas autoridades como o motorista do caminhão, Homero Zamorano Jr, 45 anos, natural do Texas, foi preso perto do local da tragédia depois de tentar se passar por uma das vítimas. Ele foi acusado de “contrabando de pessoas resultando em morte”, segundo o Departamento de Justiça.

O segundo suspeito formalmente acusado nesta quarta é Christian Martinez, de 28 anos. Ele vai responder por “conspiração para transportar estrangeiros ilegais”. A nacionalidade dele não foi revelada.

Se condenados, Zamorano e Martinez podem ser penalizados com prisão perpétua ou até pena de morte.

Os outros dois homens suspeitos de envolvimento no incidente também são mexicanos. Juan Francisco D’Luna-Bilbao e Juan Claudio D’Luna-Mendez foram detidos em uma residência de San Antonio cujo endereço constava no registro do caminhão. Eles devem permanecer sob custódia até uma audiência preliminar marcada para sexta-feira.

O número de vítimas aumentou de 51 para 53 após novo balanço divulgado pelas autoridades americanas nesta quarta-feira. Outras 11 pessoas seguem hospitalizadas, mas não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde delas.

Até o momento, foram identificados 27 mexicanos, 14 hondurenhos, sete guatemaltecos e dois salvadorenhos, conforme o governo mexicano. A nacionalidade de alguns integrantes do grupo ainda é incerta.

O caminhão abandonado numa estrada foi encontrado com uma porta parcialmente aberta pelos policiais e um corpo estava fora do veículo. O chefe dos bombeiros da cidade, Charles Hood, disse que muitos sobreviventes estavam fracos demais para sair do local por conta própria.

Vítimas tinham tempero de carne espalhado pelo corpo, numa tentativa de disfarçar o próprio cheiro, segundo confirmada por agentes de segurança ao jornal Texas Tribune. Conforme as autoridades, a suspeita é de que os traficantes responsáveis pelo transporte do grupo haviam imaginado que, como a unidade não tinha refrigeração e o Sul dos EUA registrava forte calor, eles poderiam exalar um odor que seria facilmente detectável em alguma patrulha na fronteira.

As informações são do IG